Como startups podem ter foco na execução com o Método Ivy Lee, OKRs e Sprints
Um guia para estruturar prioridades, manter a equipe alinhada e entregar resultados relevantes semana após semana
Construir uma startup te coloca em um turbilhão de incertezas. Os primeiros dias são intensos, as demandas se multiplicam, e as prioridades mudam a todo instante. Em meio a esse caos criativo e operacional, surge uma pergunta essencial: como garantir que o tempo (o ativo mais escasso de qualquer fundador(a)) esteja sendo usado no que realmente importa?
Hoje vamos explorar uma abordagem simples, mas poderosa, que conecta três elementos fundamentais para startups: o método Ivy Lee, a estruturação das áreas chave do negócio com OKRs e a cadência de entregas com uso de sprints. Ao integrar essas três propostas você terá um fluxo de trabalho focado, com clareza sobre o que fazer, por que fazer e como medir seu impacto.
Essa integração não só ajuda na organização individual, mas fortalece a eficiência coletiva da equipe. É uma forma de garantir que a rotina da operação esteja conectado com a visão estratégica do negócio, promovendo ritmo, alinhamento e entrega.
Prepare-se para descobrir como startups em fase inicial ou em tração podem se beneficiar dessa abordagem, com exemplos e sugestões de adaptação para diferentes estágios da jornada.
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A simplicidade do Método Ivy Lee e sua força para priorização
Criado em 1918, o Método Ivy Lee propõe um sistema simples: no final do dia, escreva as seis tarefas mais importantes do dia seguinte, ordene por prioridade, e execute uma por uma, sem pular nenhuma. A restrição de apenas seis tarefas obriga o(a) empreendedor(a) a pensar no que realmente importa. Para startups, isso é um alívio contra a sobrecarga de tarefas e a distração constante com novas ideias.
Esse método é eficaz porque:
Reduz a fadiga decisória;
Impulsiona o foco em uma tarefa por vez;
Ajuda a manter uma rotina de progresso constante;
Impede que urgências irrelevantes tomem o controle.
Mas ele não funciona sozinho. Em um cenário onde times pequenos precisam mover montanhas, é preciso ligar esse foco individual a objetivos coletivos. Aí entram os OKRs…
OKRs: transforme a priorização em direção estratégica
OKRs (Objectives and Key Results) conectam as tarefas do dia a dia com os objetivos estratégicos do negócio. Um objetivo como “aumentar a retenção de usuários” pode ser sustentado por resultados-chave como “aumentar a taxa de ativação em 20%” ou “aumentar o tempo médio de sessão em 15%.”
Ao usar o Ivy Lee, as(os) fundadoras(es) podem garantir que suas seis tarefas diárias estejam sempre vinculadas a algum resultado-chave. A questão é: "qual dessas tarefas, se bem feita, me aproxima de bater esse OKR?"
E para que tudo isso funcione em equipe, entra o terceiro elemento: o trabalho por sprints.
Sprints: organizando o caos em ciclos de entrega
Sprints são ciclos curtos de trabalho (normalmente 1 a 2 semanas) em que o time se compromete a entregar um conjunto de tarefas bem definidas. Eles trazem cadência e disciplina, sem perder agilidade.
A integração com o método Ivy Lee acontece naturalmente: cada membro pode planejar suas tarefas semanais com base nos objetivos da sprint, e usar o Ivy Lee para manter o foco diário. Assim, as prioridades são definidas em três camadas:
Objetivos estratégicos (OKRs);
Compromissos para a semana (Sprint backlog);
Tarefas individuais por dia (método Ivy Lee).
Essa organização permite que cada pessoa saiba o que fazer, por que está fazendo, e como isso contribui para o todo.
Exemplo Integrado na Prática
Imagine uma startup SaaS em tração. Um dos OKRs do trimestre poderia ser:
Objetivo: Aumentar o engajamento dos usuários ativos.
KR1: Aumentar em 25% a média de tempo por sessão. KR2: Reduzir churn em 15% entre os primeiros 30 dias.
Na sprint da semana, o time define:
Finalizar nova feature de onboarding gamificado.
Rodar campanha de reengajamento.
Na prática, um membro da equipe usa o Ivy Lee assim:
Finalizar testes da feature de onboarding.
Revisar código com o time.
Agendar push da nova versão.
Escrever copy da campanha.
Configurar automação no CRM.
Medir baseline atual de churn para comparação.
Todos alinhados, todos entregando, todos focados.
Adaptações úteis ao método Ivy Lee:
1-2-3 Rule: Uma tarefa grande, duas médias e três pequenas por dia. Mais realista para ambientes caóticos.
Uso em equipe: Cada time pode compartilhar seu top 6 na daily, criando transparência.
Integração com ferramentas digitais: Use ferramentas como Trello, ClickUp ou Notion para manter a lista viva e visível as pessoas envolvidas.
Combinando tudo:
A startup que integra Ivy Lee + OKRs + Sprints constrói uma roda de execução imbatível:
Trimestre define os OKRs.
Sprints semanais transformam os OKRs em entregas tangíveis.
Ivy Lee diário garante foco e execução.
Esse ciclo fecha a distância entre visão e execução.
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Não há milagre para fazer uma startup dar certo, mas existe um caminho de disciplina e foco. O método Ivy Lee, adaptado e integrado aos OKRs e sprints, cria uma rotina clara e potente para transformar ideias em resultados.
Startups que vencem são aquelas que conseguem decidir bem o que importa, organizar o time para entregar, e manter a constância. Tudo isso está ao alcance de quem simplifica e executa com precisão.
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