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de onde surge as estratégias nas startups?
quais fundamentos para definir estratégias efetivas para o crescimento das startups?
como está indo o Q2? a execução de hoje aponta para os resultados projetados para o trimestre? por mais que o ano pareça está passando à jato, não podemos chutar pro alto toda possibilidade de organização e entrar no modo vamos ver o que acontece.
essa semana separei dois conteúdos que parecem opostos, mas têm uma forte conexão na projeção de crescimento… hoje vou falar do que é necessário para definir uma estratégia efetiva, coordenando as áreas chave do negócio.
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as 4 dimensões das startups
é praticamente impossível definir um conjunto de regras que funcionem em toda startup, desde uma grande variedade de modelos de negócio, até o impacto projetado pelos produtos nos mercado, há um volume de particularidades que inviabiliza qualquer regra.
mas essa diversidade nas possibilidades não impede a discussão de aspectos para o desenvolvimento dos negócios e sobre algumas áreas chave inerentes à natureza das startups. é aqui que começa nossa conversa de hoje… toda startup tem, pelo menos, essas 4 dimensões que dão uma visão geral do que é o negócio.
o desenvolvimento das startups precisam ser entendidas a partir de uma combinação dessas dimensões, por mais que seja importante ter liderança sobre cada dimensão, o negócio não pode ser visto por uma quantidade menor que as quatro dimensões.
o que precisamos saber sobre cada uma:
mercado - gosto de pensar no mercado como contexto essa visão de contexto começa pelo entendimento sobre qual oportunidade central (o problema a ser resolvido), mapeamento de quem tem demanda relevante para consumir uma solução, qual volume de pessoas, empresas ou instituições com a demanda similar (que possa se beneficiar da mesma solução) e quem está competindo por um espaço nesse mercado;
produto - mais que definir linguagens de programação e serviços para armazenamento dos dados. o produto é entendido a partir da proposta de valor que pretende-se desenvolver no mercado e da definição de solução que nos ajuda a ter um conceito antes de construir o produto em si. sabendo disso conseguimos priorizar as funcionalidades, estabelecer uma rotina de construção e aprender com os feedbacks das usuárias e clientes;
pessoas - o coração de qualquer startup são as pessoas que estão por trás, por melhor que sejam as oportunidades de mercado, times sem qualidade não terão sucesso na jornada. saber quais perfis do time fundador, suas capacidades e a disponibilidade para o negócio é um ponto crucial para definir as regras do negócio, a cultura de trabalho os perfis de parceiros e até os métodos e processos para organizar as atividades (não tem como falar sobre estratégia com times que não têm identidade própria);
finanças - aqui estão os dados necessários para entender se o negócio tem futuro, ou seja, se tem capacidade de se manter de pé no longo prazo. para que a estrutura financeira faça sentido é preciso ter a geração e a projeção de receita como prioridade, isso vai impulsionar a atração e retenção de clientes, qual estrutura de custo para operar o negócio, as particularidades de mercado que precisam ser cumpridas e qual potencial de lucratividade a partir do modelo de negócio.
recomendo que você pare um tempo para anotar esses aspectos da sua startup, claro que no início da jornada nem tudo está ativo, por exemplo, só faz sentido pensa nas estratégia de construção do produto quando você tiver uma solução definida e validada.
agora que você entendeu o que compõe cada dimensão da sua startup, pense nelas na sequência: mercado - produto - pessoas - finanças. esse fluxo deve ser como um mantar ao longo de toda jornada empreendedora.
tá fazendo sentido? então envia essa edição para todos os seus contato:
como o lean contribui com suas estratégias?
um outro elemento chave na definição estratégia nas startups é herdado das montadoras da Toyota nos anos 50. na época não existia o conhecimento sobre o trabalho junt-in-time, proposta desenvolvida pela montadora japonesa para otimizar e tornar o processo mais leve e ágil.
hoje o lean é visto por muitos (inclusive por mim) como um elemento chave para o desenvolvimento de qualquer startup, sem a busca contínua pelo caminho mínimo há grande chance de construir uma estrutura que desperdiça recurso.
mas, como o lean pode ajudar na construção de uma estratégia efetiva na sua startup? esse é um modelo de trabalho baseado em cinco pilares fundamentais:
visão sobre o momento ou o cenário atual, qual será o ponto de partida para um novo ciclo de execução?
visão sobre o momentos ou cenário futuro, qual o próximo objetivo que nos permite entender para onde o negócio está indo?
qual gap entre o cenário atual e o futuro? qual o tamanho do desafios para alcançar o momento projetado? para isso é precisa saber a causa raiz que estabelece o ponto de partida;
quais experimentos necessários para estabelecer uma rota viável entre o presente e o futuro, essa rota é resultado de um processo de descoberta e busca contínua;
qual o plano de ação e a performance esperada pelos resultados projetados a partir dos objetivos futuros e do fluxo de experimentos priorizados?
podem parecer pilares simples, mas coordenar um trabalho que segue esse fluxo é complexo. especialmente no início da jornada quando tudo precisa ser aprendido antes de se tornar parte da cultura de trabalho e sua maturidade.
sua estratégia virá da organização das dimensões com os pilares do lean
essa matriz pode ser a base na construção de uma estratégia efetiva, desde que:
1️⃣ você estabeleça uma rotina tanto para preencher inicialmente esses elementos cruzados, quanto para mantê-los atualizados e alinhados aos objetivos de negócio;
2️⃣ tenha uma visão racional sobre o contexto da sua startup, ou seja, não será suficiente ter um entendimento profundo de mercado sem clareza sobre as habilidades (presentes ou ausentes) no time.
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nos vemos na próxima edição 🤗