estratégia e execução
#209 - Estratégia e Execução em Startups: Como Alinhar Planejamento e Ação para o Sucesso Empresarial
mais um ano, mais uma jornada e o mesmo propósito: apoiar o amadurecimento do ecossistema de startups com conteúdos que façam sentido ao longo da jornada dos negócios.
estratégia 🔄 execução
VISÃO → PLANO → [ ESTRATÉGIA ↔ AÇÃO ]
startups com organização são construídas sobre quatro pilares fundamentais, eles se relacionam entre si apontando para os próximos passos de desenvolvimento. contudo, a relação entre estratégia e execução impulsiona boa parte dos problemas de alinhamento.
não é o objetivo desse texto, mas precisamos começar falando (rapidamente) sobre planejamento, usado para apontar para onde a startup precisa ir… e em quanto tempo!
um bom planejamento deriva do entendimento que temos sobre o contexto do negócio, combinado com os resultados (e aprendizados) que tivemos a partir de pesquisas e relações com o mercado. com isso, definir um conjunto de objetivos que precisam ser alcançados em certo período com métricas que ajudam a acompanhar essa evolução se torna o viés racional para o desenvolvimento da startup.
algumas semanas atrás publiquei uma série de conteúdos sobre planejamento, vale a pena ler para aprofundar mais nesses aspectos.
a estratégia, por sua vez, mostra como as coisas precisam ser feitas para que os resultados aconteçam. a estratégia é o que mantem a startup em funcionamento, mesmo quando não há uma estratégia definida, nesse caso podemos entender que a startup reage ao que está acontecendo.
o que move as estratégias são as decisões que tomamos ao longo do tempo, claro que nem sempre tomamos decisões assertivas, especialmente quando não conseguimos estabelecer uma combinação realista entre nosso conhecimento do contexto externo com nossas capacidades internas.
por fim, a ação é o que fazemos para justificar o que foi planejado (quando há um plano) ou reagir ao momento do negócio (quando não há definição de estratégia). estamos sempre em ação, uma vem que as startups são estruturas dinâmicas em cenário de incerteza.
sem ação não há jornada, por outro lado, podemos entrar num ciclo de ação descoordenado, motivados por agir o mais rápido possível deixamos de lado momentos de aprendizado que podem minimizar erros e, claro, os danos financeiros.
é possível agir sem um plano definido ou até sem nenhuma percepção de estratégia… me arrisco a dizer que esse é um comportamento comum entre as startups. há uma crença do chegar primeiro, passando por cima de bons processos de validação, testes e interações com o mercado que amadurecem nosso perfil empreendedor.
qual papel da estratégia e como ela se conecta à execução?
podemos lidar com a estratégia de três formas distintas: (1) fingindo que não seguimos uma estratégia, nesse caso estamos apenas reagindo ao que acontece ao redor do negócio; (2) como um texto bonito escrito e esquecido entre uma pilha de documentos que criamos para a startup e que nunca usamos ou; (3) como um elemento vivo capaz de interagir desde as demandas específicas do negócio até as mais amplas, sendo um meio de manter foco e alinhamento do time ao longo do tempo.
não sei você, mas prefiro a terceira opção.
o papel da estratégia é ser um elemento de conexão com aspectos chave do negócio, tais como:
visão de longo prazo
objetivos
planejamento
transparência
ação
1️⃣ as estratégias precisam ser transparentes, sem isso elas não farão sentido e, claro, não vão gerar entendimentosobre como o time deve agir.
para fazer sentido, a estratégia precisa ser reflexo da combinação entre o entendimento adquirido no contexto do negócio, ou seja, saber “onde estamos pisando” com o bom uso das capacidades internas, criando uma percepção de identidade coletiva.
a clareza da estratégia se dá pelo entendimento sobre o que motiva as tomadas de decisão, quais projeções aos riscos e como lidar com isso. no desenvolvimento de startups estamos sempre tomando alguma decisão, falhar faz parte, mas o time que conhece as estratégias sabe como agir rápido.
2️⃣ no começo da jornada pode ser quase impossível, mas toda startup precisa ter uma visão de longo prazo, esse é um fator motivacional que cria uma identidade desde o time fundador.
3️⃣ por mais que as startups busquem seu potencial de escala, lembre-se de ser realista na definição dos seus objetivos de negócio, eles serão seu ponto de partida na busca por resultados efetivos.
ser realista, ou racional, é a premissa para ter objetivos que conversam com as capacidades de execução do time e como isso pode atender as demandas identificadas no mercado. dessa forma, os objetivos lhe ajudarão a filtrar (entre as muitas possibilidades) o que precisa ser feito primeiro.
ter objetivos não garante bons resultados, por isso que ao longo do processo de execução seu time precisa ter momentos para analisar a evolução e tomar as devidas ações corretivas.
4️⃣ ter um planejamento é colocar no papel os fatores mais importantes do contexto para definir quais serão as próximas conquistas e como as capacidades de execução serão coordenadas.
um bom plano é acessível ao time. se as pessoas não conhecem o plano, como poderão definir e priorizar suas ações individuais e coletivas? toda startup vive uma jornada em busca de conquistas recorrentes que ditam o ritmo de evolução, a adoção de planos é a forma de não perder o foco.
5️⃣ a ação tangibiliza o que foi planejado em rotinas de trabalho baseadas na coleta e análise contínua de dados, promovendo assim, um aprendizado e desenvolvimento contínuo.
agir é fazer uso eficiente do tempo, isso tem a ver com a disponibilidade do time e a capacidade de assumir responsabilidades na execução de atividades chave. por isso que adotar uma postura de execução que tem apenas a velocidade como base não é suficiente, é preciso saber usar o tempo disponível e combinar as capacidades para ter resultados efetivos.
ter uma rotina de trabalho planejada é definir e acompanhar momentos para monitorar o aprendizado adquirido a partir das interações com o mercado, reduzindo o risco de falhas pelo não entendimento das demandas e oportunidades.
não há aprendizado sem dados, mas nem todo dado será útil na tomada de decisão, saber priorizar o que precisa ser coletado e usado como aprendizado é reflexo de maturidade dessa rotina. startups que não entendem seu aprendizado e não usam isso para se desenvolver poderão entrar em um ciclo de erros repetidos que vão "travar” a conquista de resultados efetivos.
6️⃣ você precisa saber a ter e usar estratégias!
as melhores estratégias nascem de boas perguntas desafiam a evolução do negócio, perguntas como:
qual perfil ideal de clientes?
o que define o MVP da sua startup?
qual melhor comunicação para vender o produto?
como podemos reter uma maior base de clientes?
sem boas perguntas não há desafios que motivem a ação contínua do time, para isso a importância de ter uma definição estratégica que direcione e dê foco ao negócio.
boas estratégias são dinâmicas, elas seguem e se adaptam a cada passo dado pelo negócio. diferentes dos planos, criados para ciclos de execução bem definidos, as estratégias podem ser utilizadas desde ações pontuais até a projeção de grandes conquistas.
toda estratégia é uma decisão
nem sempre nossas decisões serão assertivas!
quando pensamos na combinação entre (1) momento do negócio, (2) entendimento do contexto e (3) capacidade de execução, o que pode dar errado?
definir objetivos que não "conversam” com o momento do negócio - por desejo de conquistar objetivos rápidos demais, costumamos não ter clareza sobre quais as áreas chave da startup hoje. por exemplo, as estratégias comerciais não são área chave até a startup ter um produto no mercado. então, definir estratégias para objetivos que não tem alinhamento com grau de evolução de startup é desperdício de tempo;
não ter clareza de mercado por ter mais opiniões que validações - esse é um erro clássico, não validar a oportunidade, não validar o produto ou não validar o modelo de negócio, adotando as opiniões como base na tomada de decisão é um alto risco. por mais que o time fundador tenha experiência (e vivência) no mercado, a validação é fundamental para definir as abordagens na oferta de produtos;
um time sem disponibilidade para assumir responsabilidades - todo time tem algum capacidade de execução, isso não é justificativa para definir estratégias que vão além dessas capacidades. a disponibilidade é a chave para definir estratégias de trabalho que permitam as pessoas assumirem responsabilidade, usando o tempo disponível da melhor forma possível.
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