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📫 a jornada de criação e desenvolvimento de startups é complexa e gera muitas dúvidas para quem está à frente dos negócios. agora temos um canal direto para que você mande suas perguntas ou dúvidas, será um prazer respondê-las aqui:
o que é fintech?
depois de um dia ouvindo diversos players do mercado que atuam, de alguma forma, como fintechs, sai com uma pergunta base para essa edição: o que é fintech? com as recentes mudanças nas regulações do mercado financeiro, as características de uma fintech expandiram para uma séries de funções financeiras que são base ou acessórias aos negócios... dai saber que esse o mercado com a maior quantidade de startups ativas no Brasil
DIRETO AO PONTO
tudo agora é crédito
depois que os bancos digitais consolidaram uma das maiores mudanças no mercado financeiro, estamos vendo uma segunda grande mudança, dessa vez extrapolando os limites dos negócios fundamentalmente financeiros para a composição de produto com elementos financeiros.
imagine a situação:
você cria uma rede de cafés que será espalhada pelo Brasil, com a consolidação da marca, a rede decide criar um cartão próprio, onde as(os) clientes podem comprar nas lojas tendo cash back em compras futuras. depois de alcançar 5000 usuários do cartão decidem transformá-lo em um cartão de crédito (utilizando um bank as a service) que pode ser usado em qualquer lugar, agora com benefícios em rede parceira.
se esse caso parece estranho, saiba que ele é totalmente viável com o conceito open banking regulado pelo banco central, o qual que permite uma empresa fornecer crédito (e outros serviços bancários) mesmo ser ter o elemento financeiro como core business da empresas.
qual o impacto disso no mercado de fintechs?
quando prestadores de serviço, varejistas e empresas de outros setores podem ter no seu escopo de oferta ao mercado funcionalidades financeiras, colocamos em xeque o papel dos bancos digitais como os conhecemos hoje.
hoje um banco digital tem uma "linha base" de serviços que precisam ser ofertados para fazer sentido ao mercado, serviços como crédito, débito, pix, investimento, milhas, cash back... o que diminui muito o desenho estratégico para estabelecer diferenciais competitivos sólidos. a briga por uma fatias de mercado é estabelecida pelos detalhes do relacionamento ou questões pontuais na experiência.
dando maior capilaridade ao contexto de bancos digitais, há startups como a FitBank oferecendo banking as a service e infrastructure as a service que dá as empresas todo ambiente, produto e viabilidade financeira para colocar serviços financeiros no ar. com isso, nem as demandas regulatórias formais exigidas pelo banco central são, de fato, uma barreira operacional para o case da rede de cafés ou para outros players do mercado que queiram bancarizar suas ações.
o que está se tornando banco? ou já é?
plataformas como Rappi e 99 estão construindo estruturas financeiras que surgiram com objetivo específico de dar suporte aos usuários da plataforma e hoje entregam serviços financeiros mais completos com o Rappi Bank e o 99Pay.
o resultado disso, essas plataformas estão agregando bancos nas suas operações regulares, ameaçando a a presença de mercado de alguns bancos digitais que não tem propostas sólidas de desenvolvimento... o contrário não tem como acontecer, não veremos bancos digitais se tornando super apps de serviço, por exemplo.
há também corporações essencialmente não financeiras criando bancos com objetivos específicos e potencial de alcançar grandes bases de usuários com acesso facilitado e baixo custo, temos pro exemplo a b.uni, banco criado pelo Grupo Ser Educacional que já entra no mercado com mais de 350 mil estudantes cadastrados na plataforma e a bossanova investimentos que acaba de lança do bossabank tendo acesso aos seus mais de 1000 investimentos em startups.
como fica o cenário para novas fintechs?
veremos um movimento onde diversos produtos digitais terão funções de fintech, o que dificultará a entrada de novos players para competir apenas como a base das funções financeiras, por outro lado esse movimento cria um nova rota de oportunidades "ao redor" desse foco na entrega de crédito.
modelos de banking as a service ou infrastructure as as service serão cada vez mais demandados por empresas que querem ter seus produtos financeiros para fins específicos rodando sem a responsabilidade sobre o processo regulatório.
além disso, há novas demandas que abastecem o mercado fintech que já são ambientes de muitas oportunidades para startups:
identidade digital - depois do open banking está sendo discutido o open finance, onde cada pessoa é um ativo financeiro e pode ter sua identidade como chave na gestão das suas estratégias financeiras;
fraudes - com a abertura das operações financeiras, o volume de fraudes tem alcançado um volume crítico, portanto há muita oportunidade para soluções de prevenção à fraude em toda a cadeia de operação financeira;
o fim dos "sistemas financeiros" - considerando experiências financeiras dos produtos digitais, precisamos entender a diferença entre digital first, onde o digital é utilizado para estruturar o serviço financeiro, e o digital only, onde o serviço financeiro é pensado e executado exclusivamente nos ambientes digitais.
o mercado de fintechs está mudando desde as definições, a bancarização dos serviços vai abrir um novo ambiente de negócio que, ao mesmo tempo, ameaçará quem "só" entrega serviços bancários e potencializará o surgimento de soluções complementares que se conectar com os processo bancários abertos.
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