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muito além do fiofó da Anitta
a Accenture, junto da Gerando Falcões, está recebendo doações para ajudar as pessoas afetadas pelas recentes chuvas em Pernambuco. se puder, toda ajuda será super bem-vinda!
DIRETO AO PONTO
e se Anitta fosse uma startup?
uma das maiores artistas do Brasil (e do mundo) Anitta tem muito mais a nos ensinar que passos de pop/funk… com opiniões fortes e uma história cheia de reviravoltas, ela pode ser entendida como você quiser, eu prefiro entendê-la como uma base rica para quem está empreendendo e se sente perdida(o) na jornada.
Anitta está cada vez mais em evidência, gerando sentimento e opiniões (muitas opiniões) nas pessoas, inclusive das que estão envolvidas no ecossistema de startups… são opiniões [quase sempre] polêmicas olhando para o tanto de coisas que ela tem feito, seus comportamentos e ações que, pra mim (e acredito que pra você também) se encaixe bem com o meio das startups… como é isso?
antes de falar dela…
quais as áreas comuns ao longo do desenvolvimento das startups?
essa é uma visão base sobre o que comumente faz parte da jornada empreendedora, sem considerar eventuais particularidades que cada mercado demanda das empresas, ok?
(1) validação contínua das oportunidades do mercado
toda startup precisa entender quais oportunidades de mercado justificam a criação e o lançamento de um novo produto. o processo de validação tem dois movimentos básicos: descobrir e priorizar.
a descoberta diz respeito ao confronto das nossas hipóteses com a forma que o mercado entende o contexto que queremos melhores (ou mudar) com o produto. já a priorização é a forma que o mercado aponta o que é mais ou menos importantes na concepção de um produto com bom grau de eficiência e algum grau de inovação.
(2) alinhamento de solução com as demandas do mercado
as soluções podem ser entendidas como a proposta de produto através de funcionalidades técnicas, formas visuais e fluxos lógicos. essa composição pode ser entendida [minimamente] sem o desenvolvimento formal de um produto.
das soluções surgem os protótipos que dão foco em partes ou algum subconjunto lógico de partes que nos permitem ter resposta sobre alguma hipótese de funcionalidade, forma ou fluxo projetado para o produto. é comum que um produto derive de vários protótipos, chegando no tal problem-solution-fit.
(3) construção de um produto que gera percepção de valor
um dos grandes marcos na jornada de qualquer startup é colocar um produto ativo no mercado, a forma de tangibilizar tudo que foi pesquisado e entendido anteriormente em resultados reais a partir do uso, da recorrência e das compras.
comentei na edição #104 sobre a jornada dos protótipos ao MVP, entendendo que um bom produto (mesmo que mínimo) precisa entregar uma experiência composta por aspectos de desejabilidade (potencializando a capacidade de conversão), viabilidade (com soluções efetivas) e aplicabilidade (com impacto nas demandas).
(4) criação de um modelo de negócio que faça sentido ao mercado
os modelos de negócio vão [muito] além de completar um canvas… eles representam o momento da startup, desde suas estruturas até a forma que o mercado paga pelo produto entregue.
entendemos que a conversão pagante é um dos grandes desafios de todo negócio digital, desde identificar as(os) early adopter até estabelecer estratégias que criam um fluxo de crescimento recorrente. por isso a importância de entender o modelo de negócio como um modelo dinâmico, mantendo um ajuste viável entre os custos e a receita previsível.
(5) apresentar inovações para se diferenciar no mercado
resolver um problema não é suficiente quando olhamos para startups, essa resolução precisa ter elementos técnicos (produto ou experiência) que crie uma nova percepção de valor frente ao que está sendo feito atualmente no mercado.
por exemplo, o que me fez deixar de ser cliente pagante do Evernote para pagar o Notion foi a experiência de construção e armazenamento de arquivos, por mais que ambos façam a mesma coisa, a forma que o Notion torna isso fluido criou uma nova percepção no meu interesse de gestão de conteúdo.
(6) ter sempre um plano de crescimento em mãos
crescer sempre foi palavra de ordem nas startups, por mais que haja uma distorção histórica sobre o que é esse tal crescimento, toda startup precisa mostrar percentuais de crescimento efetivo por período (mês, trimestre, ano…).
quando olhamos para startups kamelo, descobrimos negócios com uma visão de crescimento sobre resultados reais, por mais que isso torne o aumento do valor de mercado mais lento, esses números serão sólidos, justificado pelo melhor balanço financeiro do modelo de negócio.
(7) criar uma cultura que impulsione os resultados
mais que contratar pessoas, o time fundador das startups precisa construir um ambiente aberto às diversidades, como compartilhado por Jeff na edição #134. tomando a relação pela diversidade como base do ambiente, onde as pessoas podem ser quem são e contribuir efetivamente com o negócio a partir das suas experiências e percepções.
gosto da comparação que ouvi no escritório da Netflix: "cada pessoa, independente da posição na empresa, precisa entender que ela é a melhor pessoa para sentar ali". essa é uma das formas mais efetivas de criar uma cultura de trabalho baseada no alinhamento e direcionamento aos resultados chave.
(8) amadurecer pelos objetivos alcançados
defendo o uso de OKR por simplificar a definição, o entendimento e o acompanhamento dos objetivos relevantes nas áreas fundamentais das startups através da busca por resultados chave, mensuráveis e claros para o time.
planejar o desenvolvimento de uma startup está longe de ser uma tarefe burocrática e sem valor, o que torna um plano eficiente é o tempo projetado para a execução, tempo que varia ao longo da jornada e das demandas do negócio, mas (se bem feitos) sempre podem ser úteis, como falei na edição #109.
(9) estabelecer relações estratégicas ao negócio
há diversas oportunidades de parceria no mercado, parcerias que podem potencializar a conexão com cliente e potenciais clientes. as startups que sabem identificar e estabelecer parcerias alcançarão resultados ainda melhores.
na edição #112 eu comentei dois modelos comuns para estabelecer parcerias estratégicas, o cross selling e o up sellingpodem ser fundamentais na jornada de crescimento de alguns modelos de negócio, não os deixe de lado.
(10) há uma rotina para reter clientes
quando o assunto é vendas, o esforço para reter clientes está sempre presente nas discussões. a retenção, como falei na edição #129 dá suporte as estruturas de negócio que apontam para rentabilidade e lucratividade, como falei agora na edição #132.
sabemos que na visão do AARRR, a retenção reflete uma pequena parcela de todo o volume de potenciais clientes conectados, e até uma fração dos que pagam pelo produto ao menos uma vez. a retenção é o desafio que, se estável, dará a maior solidez no amadurecimento da empresa.
vamos abrir espaço para ela, Anitta
como tudo isso que falei se reflete nas ações recentes da Anitta?
🇧🇷 bloomberg línea: Exclusivo: Anitta, a empresária por trás da marca
Anitta é sua própria empresária e produtora… rompendo uma das características no setor musical
em seu documentário na Netflix, conhecemos uma versão da Anitta que vai [muito] além das suas performances no palco. ela trouxe a gestão e a tomada de decisão estratégica da sua carreira para "dentro de casa", assumindo a responsabilidade pelos resultados (como esperamos ver nos times fundadores) e tornando todo o processo mais ágil e alinhados com as demandas de mercado (foco no que seu público quer consumir).
Anitta abriu as portas internacionais cantando em espanhol e inglês… multiplicando o volume de pessoas que a acompanham
muitos artistas nacionais se valorizam por fazer sucesso internacional cantando apenas em português, de fato há muita qualidade na música brasileira, mas esse se tornou um comportamento tradicional no mercado de produção musical.
quando vemos a Anitta cantando em espanhol e inglês, entendemos que ali há um aspecto que quebra o tradicional para entregar algo capaz de se adaptar a outros contextos e gerar diferenciais nesse mercado que é cada vez mais competitivo… lá fora as pessoas cantam Anitta em português, mas criar uma identificação ainda maior quando ela fala suas línguas.
se isso não tem relação com o papel das startups "quebrarem" comportamentos tradicionais para estabelecer novas oportunidades de crescimento e competição, não sei o que mais seria.
Anitta se conectou com empresas, assumindo atividades chave pela experiência acumulada
as parcerias feitas pela Anitta mostram que as experiências na sua jornada e seu posicionamento no mercado justificam assumir papéis em ambientes estratégicos, os quais vão usufruir da sua influência para gerar melhores resultados… como foi o caso da Skol Beats e do Nubank.
essas parcerias abrem novas oportunidades que projetam o negócio Anitta ainda mais longe, tornando a cantora influenciadora, executiva e conselheira em diversas ações complementares às suas atividades principais.
Anitta expandiu o conceito no seu estilo musical, com padrões de mercados de referência
uma performance da Anitta deixou de ser "só" um show para se tornar uma experiência imersiva áudio visual, o que levou o consumo do seu estilo musical para padrões que poucos anos atrás não era imaginado.
ela criou uma cultura de experiência que gera uma maior (e melhor) identificação das suas produções com seu público (com o mercado). esse é um dos conceitos mais buscados entre as startups que tentam transformar a jornada de usuário baseada nas experiências e interações.
Anitta tem investido em novos mercados… com potencial de retorno no médio e longo prazo
o produto principal da Anitta (a música) é sustentável, tem consumo recorrente, expande mercados internacionais, traz prêmios e reconhecimento que a torna um dos maiores nomes nacionais nesse setor de produção.
mesmo assim ela está cada vez mais conectada à inovações com [grande] potencial de abrir e consolidar novos mercados através de oportunidades "fora do seu escopo". esse comportamento tem similaridade ao das startups que visam crescer com novas funções e produtos complementares que abram novos mercados, mesmo que o retorno não seja imediato.
Anitta se posiciona, criando uma conexão mais próxima do seu público
Anitta tem mostrado clareza sobre quem quer atingir e usa das suas percepções para manter uma "comunidade" ativa e disposta a replicar suas opiniões. ter um posicionamento não é um problema, mas é preciso saber usá-lo à favor da conquista de objetivos fundamentais.
assim como a Anitta, você pode criar um relacionamento mais próximo ao mercado mostrando características das pessoas e da cultura da startup para estabelecer uma conexão pelo senso se pertencimento, ou visão de comunidade… chegando na última etapa do AARRR, a referenciação do que você faz e do crescimento orgânico.
assim como Anitta, muitas pessoas que se destacam em outros mercados têm muito a ensinar na nossa jornada empreendedora, por isso seria legal levar esse conteúdo para mais pessoas, então compartilha essa edição com seus contatos e nas suas redes… esse é a melhor forma de crescer essa nossa comunidade 🤗
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