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kamelo #143 | 🏆 papo com Mário Campello da codenuts
uma das maiores referências nacionais!
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e para ouvir o podcast "papo de kamelo”
você já sabe usar plataformas no-code?
no-code vai substituir as(os) desenvolvedoras(es)! se você ainda acredita nisso, provavelmente não entendeu nada sobre o papel das plataformas no-code no processo de validação de novos produtos no mercado… para te ajudar a entender mais sobre isso, convidei um dos maiores especialistas do Brasil, Mário Campello da codenuts.
PAPO DIRETO
qual o momento e a importância do no-code
(1) quem é Mário e como chegou até aqui?
Nasci curioso, de uma mãe historiadora e um pai empreendedor. Quando pequeno gostava de montar robôs com sucata e subir em árvores. Um dia vi um computador com um descanso de tela e disse pra minha mãe: "eu vou aprender a fazer isso", virei designer digital.
Ao longo da minha carreira fui vendedor de loja, desenvolvedor, publicitário, gerente de produtos e hoje sou empreendedor. Uma coisa que sempre esteve presente foi a vontade de automatizar o trabalho repetitivo. Sempre me conectei muito com criatividade, então tudo que vejo como não criativo eu deixo pro computador fazer. Isso deu origem a minha paixão por no-code e consequentemente à Codenuts.
Minha missão é derrubar as barreiras que impedem a criatividade e a inovação, e escolhi no-code como ferramenta o para realizá-la.
conecte-se com o Mário pelo LinkedIn
(2) conta um pouco do início do movimento no-code
Em 1985 nasceu o Excel para Mac, a partir daí já era possível manipular dados sem precisar de código. Com o tempo, o Google Sheets chegou e trouxe as principais funcionalidades do excel para a nuvem. Integrando o sheets com o forms, podemos já fazer um sistema de requisições, coleta de dados, pesquisas etc...
Com a evolução do entendimento sobre tecnologia, em 2003 nasceu o Wordpress, que já possibilitava a construção de um site sem código. Hoje mais de 30% dos sites são feitos em wordpress, o que mostra que o nocode não é algo novo e já é vastamente adotado.
Hoje, com a pandemia, percebemos que a cada dia precisamos de mais ajuda, precisamos resolver mais problemas para continuar evoluindo nossas empresas, é o momento de ouro para a cultura no-code, é hora de espalhar e empoderar pessoas para serem "citizen developers", cidadãos com capacidade de criação, manutenção e evolução de sistemas que vão transformar a maneira que vemos tecnologia e nos relacionamos com produtividade.
No-code não é novo, nova é a aceitação dessa modalidade de desenvolvimento em escala, e é por isso que a codenuts existe, para provar que é possível solucionar muitos problemas sem utilizar código.
quando lancei minha última startup em 2013 (sem um perfil desenvolvedor no time) usei um combinado de planilhas para rodar o processo de controle na importação e exportação de mercadorias. esse momento da minha jornada foi importante para identificar quais aspectos desse serviço cabiam melhorias, criando percepção de valor antes mesmo de escrever uma linha de código.
na época nem se falava em plataformas para desenvolvimento no-code, mas a lógica de testar quais funcionalidades impactam o mercado com minhas planilhas me fez controlar 12 transportes dessa forma e, com esses aprendizados, desenvolvemos uma primeira versão de software em um final de semana (fizemos um hackathon com alguns amigos do Rio), isso só foi possível por que tínhamos todas as regras de negócio validadas… com dois meses desse produto tínhamos feito 120 transportes.
(3) qual a vantagem das startups construírem softwares iniciais usando ferramentas no-code?
No-code é uma alternativa de desenvolvimento rápido, e quando se fala de startup, se fala de velocidade. Em uma startup você precisa comprovar uma hipótese rapidamente para justificar novos investimentos, por isso velocidade é essencial. Não vejo o nocode como uma vantagem, mas como uma necessidade. Hoje é possível montar uma empresa inteira sem código, então porque gastar tempo e dinheiro em montar em código só pra comprovar algo?
Um produto desenvolvido em nocode tem a mesma capacidade e consome menos da metade do tempo e da verba para ir ao ar. E quando falamos de startups, inovação e validação, tempo é realmente dinheiro.
semelhante ao que aconteceu comigo, hoje novas startups podem partir de ferramentas no-code para validar suas regras de negócio mais rápido com o mercado (mesmo que tenham profissionais de tecnologia no time).
por mais complexo que seja seu produto inicial, criações com no-code permitem definir quais regras de negócio vão (ou não) impactar o mercado, criando percepção de valor e validando quais funcionalidades, experiências e fluxos irão compor seu MVP.
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(4) pode falar também sobre eventuais riscos e|ou limitações dos produtos com no-code?
Olha, todo mundo pergunta isso, mas na verdade limitações não são importantes porque escolher código já te limita a ter profissionais específicos e super caros. Um produto construído em Bubble e Backendless por exemplo pode suportar demandas gigantescas, então eu não me preocuparia com volume de acessos. O que sempre digo para os meus clientes é: "se você chegar ao ponto de quebrar o servidor do Bubble, vale a pena construir seu software em código, mas vamos deixar pra se preocupar com o sucesso quando ele chegar".
na minha experiência inicial, muita gente questionava o fato de não investir logo no produto, a maior dificuldade em lançar uma startup sem perfil desenvolvedor é conseguir pensar o produto a partir da sua arquitetura, com as ferramentas atuais de no-code seu papel é combinar as regras de negócio com as funcionalidades que entreguem seu fluxo de serviço.
posso dizer que ter partido da planilhas me fez desenvolver uma das habilidades mais importantes ao longo dessa jornada: entender a arquitetura de produto para trabalhar alinhado com as(os) desenvolvedoras(es), discutindo complexidades, processo e tempo de construção e evolução do produto.
(5) quais as melhores formas de aprender sobre no-code?
Estou começando a ministrar algumas aulas sobre o conceito e como pensar em solucionar problemas com nocode. Se você pretende sair do excel e começar a utilizar ferramentas mais simples e com mais capacidade, vale a pena pesquisar sobre airtable, adalo, e até zapier. Todos estes produtos têm bases de conhecimento e você consegue utilizar de graça. Mas se o seu objetivo é trabalhar como um desenvolvedor nocode, busque cursos de Bubble e Webflow, que são as duas plataformas mais acessíveis e capazes hoje em dia para fazer sites e softwares.
no-code precisa ser matéria base para todo mundo que quer lançar uma startup no mercado. independente do seu perfil profissional. saber usar bem as principais plataformas te possibilita sair dos testes com mockups de papel para testes de usabilidade de produto com processos mais próximos do que será seu produto.
(6) quais ferramentas você indica para quem não sabe por onde começar a construir produtos no-code?
Se você usa excel e já resolve problemas, tente transportar para um airtable.com e explorar. Construa um formulário de requisição, explore os modos de visualização, crie um quadro de tarefas, a melhor forma é explorar. Para entender mais sobre as possibilidades, procure tutoriais de coda.io, aurtable.com, adalo.com, zapier.com e comece a criar. Vai ser uma experiência super gratificante e eu garanto que vai te economizar algumas horas de trabalho. Boa jornada e conte comigo sempre em codenuts.cc.
algumas referências adicionais:
🇺🇸 arpit choudhury: a brief history of no-code;
🇺🇸 zapier: the zapier quick-start guide;
🇺🇸 adalo: it's time to learn adalo in 3… 2… 1…
além das referências sugeridas pelo Marcos, tem duas postagens no blog da codenuts que você precisa ler (com calma) para te ajudar nesse processo de aprendizado e teste:
obrigado por ter lido!
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