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kamelo #146 | 🗺️ oportunidades internacionais para sua startup
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⭐ edição com a Cambly
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o Brasil é suficiente para as startups?
quando estava à frente da minha startup, me perguntavam por que tudo que fazíamos era em inglês, mesmo tendo 80% dos clientes no Brasil… tínhamos duas motivações (que podem ser úteis para você): primeiro, o mercado brasileiro ainda
DIRETO AO PONTO
quais estratégias para internacionalizar sua startup?
o vale do silício ainda é o ecossistema de startups com maior fonte de aprendizado empreendedor e oportunidades de tornar sua empresa um player global, mas além do visto em dia, o que é preciso para se conectar com mercados externos ao Brasil?
o Brasil é um mercado muito grande, não preciso me preocupar em expandir minha minha startup no mercado externo… já ouvi isso algumas vezes nos últimos 11 anos.
diferente de outras mercados, onde há produção de produto físico, o mercado de produtos digitais são os mais fáceis para expandir territorialmente, uma vez que a geografia não é um fator impeditivo… isso não significa que é um processo de expansão fácil, mas será que estamos dispostas(os) a explorar mercados externos com nossas startups?
já ouviu falar em produto jabuticaba?
o Brasil é um país com diversos problemas e comportamentos peculiares, o que cria um tendência entre as startups que focam na resolução de problemas característicos ao Brasil (como a jabuticaba que só existe aqui, sabia disso?), inibindo muitas oportunidades de crescimento internacional.
por maior e problemático que seja o mercado brasileiro, as startups podem (e devem) pensar seus produtos para o mercado interno e externo, uma vez que há muitas oportunidades de negócio em outros países… é sobre isso que quero falar contigo hoje.
se você não sabe, em 2013 eu criei uma startup de logística internacional, o que me fez pensar no mercado internacional desde o dia 1… minha experiência pode te ajudar a pensar mais [e melhor] sobre o momento e as estratégias de crescimento internacional.
o que me fez olhar para o mercado em outros países?
o mercado global tem muitos desafios e oportunidades (muitas semelhantes às que encontramos no Brasil) que geram aprendizado e impulsionam o amadurecimento e consolidação da nossa startup, por mais que entrar em mercados internacionais não sejam tão fáceis como uma expansão nacional.
no meu caso, desde a fundação criamos uma rotina de busca por oportunidades internacionais que conectassem nossa startup a clientes e potenciais perfis investidores que nos fizesse entrar em outros países. se sua startup não tem um apelo base para mercados externos, é importante pensar nessas 3 questões:
(1) por que buscar o mercado internacional?
se você identificar que as demandas do mercado interno são similares às do mercado externo, você tem o mínimo necessário para criar estratégias de expansão internacional, nesse caso você pode observar esses outros ambientes para:
aumentar o potencial de acesso à uma base maior de clientes e, consequentemente, desenvolver mais oportunidades comerciais;
ter acesso à outras culturas empreendedoras que te ajudem a adequar o produto e as estratégias de comunicação e negociação em outros países;
se conectar com profissionais que podem te mostrar como acessar clientes e perfis investidores em outros países.
para pensar no mercado internacional você vai precisar ter um plano, não é só fazer as malas e bater de porta em porta atrás de clientes em outros países. crie esse plano pautado em objetivos e resultados claros que justifiquem a saída.
(2) qual o momento de buscar o mercado internacional?
essa é uma dúvida frequente, definir o bom momento de criar oportunidades no mercado externo tem mais a ver com o foco do produto que o nível de maturidade da sua startup, por isso:
se o produto tem clara demanda internacional você pode projetar a expansão quando tiver uma operação inicial estabelecida no Brasil, otimizando o tempo de validação em outros países;
se o produto depende do mercado internacional para gerar valor (como foi meu caso, planeje conexões com o mercado desde a validação do produto, de modo a estabelecer uma jornada de serviço completa;
se o produto não tem demanda internacional (as jabuticabas), busque o mercado internacional quando houver oportunidade de captar investimento e estabelecer conexões baseadas na troxa de experiências.
programas de aceleração internacionais são ótimas portas de entrada para estabelecer conexões internacionais… foi dessa forma que levei minha startup para o Chile, EUA e Holanda, programas como o Startup Chile e o da Plug and Play são ótimas referências.
(3) como criar conexões no mercado internacional?
programas de aceleração ou captações de investimento mais robustas são duas das principais portas de entrada no mercado internacional, mas essa conexão não garante que você conseguirá comercializar seu produto naquele país, não basta traduzir o produto na língua local, o processo de internacionalização vai tomar um tempo importante, por isso:
saiba qual o melhor mercado internacional para sua startup e foque nele, cada país tem regras e processos específicos para comercialização de produtos digitais;
identifique oportunidades que facilitem o acesso (como programas de aceleração) ao mercado, mas para isso tenha um planejamento claro que justifique a conexão;
tenha um plano de comunicação específico para estabelecer uma negociações viáveis em outros países, desde a aproximação com perfis investidores, até a relação com o mercado alvo.
abrir uma operação internacional pode demandar a criação de uma empresa internacional, minha recomendação é buscar locais como Delaware que tem isenção de impostos para operação de serviços fora do seu território, mas para fazer isso eu recomendo que você busque profissionais locais que possam te instruir e até executar o processo de abertura.
quer ajudar no crescimento da kamelo? te convido a compartilhar com teus contatos e nas tuas redes 🤩
o que aprendi internacionalizando minha startup?
(1) ida para o Chile 🇨🇱
fui pro Chile no início de 2014 quando fui selecionado para o Startup Chile, nosso planejamento era identificar semelhanças dos problemas logísticos em outro mercado sul-americano. o programa é global, o que me conectou com empreendedoras(es) de muitos países e me fez aprender muito com a experiência de criar e desenvolver startups em outros países.
essa experiência nos fez estabelecer conexões comerciais através dos padrões de transporte de cargas entre países do mercosul, período que testamos nossa solução, mesmo sem produto executamos 12 transportes entre Chile e Brasil.
(2) ida pra os EUA 🇺🇸
fui pro Vale do Silício em 2015 para ser investido pela Plug and Play, um dos primeiros programas de aceleração da região. essa experiência me fez entender porque esse ecossistema está à frente de todos os outros, a mentalidade de criação de startups com potencial de alcançar o mercado global é quase um padrão, isso faz parte do comportamento empreendedor.
startups internacionais que vão para os EUA precisam ter um plano comercial viável no mercado local… se seu produto é para problema jabuticaba, terá maior dificuldade de alcançar perfis investidores interessados.
startups que conseguem explorar o mercado local é uma [ótima] forma de medir a eficiência e a qualidade do seu negócio… considere que os EUA são um mercado de alto consumo tecnológico, logo muito criteriosos.
(3) ida para a Holanda 🇳🇱
fui para Rotterdam em 2016 para me conectar com um dos mercados de logística mais maduros, em busca das melhores oportunidades comerciais, lá nos conectamos com o programa de inovação do porto de Rotterdam que trouxe conhecimento técnico profundo para estabelecer nosso produto como uma referência global.
essa conexão foi a mais efetiva das três por trazer conhecimentos de mercado fundamentais para atender as demandas de transporte de [praticamente] todos os países, para isso abrimos uma empresa na Holanda para ter capacidade de formalizar a contratação internacional… o resultado foi tão bom que o porto de Rotterdam adquiriu parte dessa empresa!
expansão internacional está diretamente ligado ao inglês!
muita gente questionava por que nosso site, sistema e comunicação geral era feito sempre em inglês… esse foi um dos primeiros aprendizados que tivemos nas relações internacionais. pode parecer óbvio, mas a comunicação em inglês é a porta de entrada para o acesso internacional ao seu serviço.
no começo eu tive muita dificuldade para falar (não consegui aprender muito assistindo Friends), mas nas três expansões internacionais meu inglês evoluiu muito pelas conversas que tinha com empreendedoras(es) de outros países. essa barreira inicial não é fácil, mas depois entendi que nesse ambiente as pessoas estão dispostas a conversar e trocar experiências com todo mundo.
essa é a proposta da Cambly, uma plataforma de ensino personalizado de inglês que te coloca em aulas particulares com milhares de pessoas experientes e disponíveis para conversar sobre os temas que te interessam. dessa forma você tem um processo de aprendizado ajustado ao seu grau de conhecimento e interesses pessoais. a proposta da plataforma é tão boa que você pode, inclusive, escolher pelo sotaque (deveria ter assinado a plataforma antes de conhecer Dallas no Texas!), o que facilitará sua interações com pessoas de qualquer lugar do mundo, aumentando as chances de estabelecer melhores relações comerciais.
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obrigado por ter lido!
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