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desembarquei em Rotterdam
chegar em Rotterdam, depois de 3 anos desenvolvendo minha startup no mercado de logística internacional, foi como chegar na nossa Disney! aprendemos nessa conexão como resolver problemas complexos com as principais corporações de logística em nível global… sem dúvida foi um marco fundamental no nosso desenvolvimento profissional.
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DIRETO AO PONTO
o que o PortXL pode nos ensinar sobre investimento corporativo?
o que faz uma corporação criar uma estratégia e estrutura para se conectar e investir em startups globais?
tive a oportunidade de ser investido pelo PortXL, programa criado pelo Porto de Rotterdam (Holanda), maior porto europeu, terceiro maior do mundo! essa foi uma experiência tão importante que além do impacto na minha jornada empreendedora e do meu amadurecimento profissional, foi uma das bases para criação da Overdrives quando assumi a diretoria de novos negócios no Grupo Ser Educacional.
o PortXL é o resultado de uma estratégia coletiva, liderada pelo Porto de Rotterdam para investir, atrair e conectar startups de todo o mundo às muitas demandas que existem a partir do contexto portuário.
1. por que corporações como o Porto de Rotterdam deveriam se conectar com o ecossistema de startups?
todos os mercados, dos mais tradicionais aos mais modernos, estão passando por grandes transformações, boa parte (se não todas) da motivação para essas mudanças de contexto tem base nas estratégias digitais… como bem descrito nesse relatório da McKinsey. o que torna esse processo cada vez mais dinâmico e mudando nossa percepção de competitividade.
por outro lado, essa dinâmica de mudanças recorrentes faz parte da rotina das startups, uma vez que não estão debaixo das mesmas estratégias e processos de desenvolvimento nos mercados alvo… porém quando colocamos esses dois contextos frente à frente não gera uma conexão direta e trivial, esse é o ponto que quero aborda mais nessa edição.
a motivação de conexão surge nas corporações a partir de oportunidades identificadas a partir do seu contexto no mercado e os eventuais problemas que dificultam as projeções de futuro. por outro lado é importante entender que nenhuma corporação é só o que vende pro mercado, são ecossistemas de oportunidade e estruturas conectadas em rede com outras no mesmo contexto de mercado.
startups são estruturas de negócio com potencial de identificar oportunidades onde não há tanta atenção de grandes empresas, identificação que dá suporte a um processo ágil para entender, construir, entregar e medir soluções digitais efetivas. por mais arriscado que seja investir em startups, essa interação a partir das corporações se não gerarem novos negócios, trarão novos pontos de vista sobre áreas chave do mercado.
2. por onde as corporações precisam começar para estabelecer uma boa relação com as startups?
difícil padronizar esses primeiros passos, mas um bom ponto de partida vem de entender que qualquer relação com as startups não tenha nenhuma similaridade com boa parte das negociações comerciais ou de investimento comuns em ambientes corporativos, o que pode gerar diversos atritos estruturais, desde adequação de processos internos até as estratégias jurídicas.
sabendo disso, corporações como o Porto de Rotterdam precisam desenhar estratégias bem definidas com resultados projetados no longo prazo, sem isso não haverá resultados relevantes, tão pouco mudanças de contexto e o posicionamento dessa corporação no mercado… isso ganha força pelas [muitas] oportunidades que estão baseadas no digital.
qualquer investimento em inovação (interna ou aberta como essas conectadas às startups) só será percebido no longo prazo.
toda corporação é um ecossistema de oportunidades, mas para que isso faça sentido é preciso ter disposição, alinhamento e processos para apresentar essas estratégias para o mercado e permitir que as startups tenham [de fato] meios para testar seus produtos e meçam o impacto no cenário atual.
esse é um movimento que pode acontecer em cadeia, envolvendo outras corporações ligadas à corporação inicial para projetar resultados mais relevantes. foi assim que o Porto de Rotterdam se juntou à outras corporações ligadas ao contexto portuário que, juntas, aumentaram o potencial de conexão com as startups.
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3. investir não é só transferir dinheiro, é entregar todo suporte necessário para o sucesso da conexão
para atrair startups, as corporações precisam mostrar que esse processo aberto aos testes dos produtos das startups estão debaixo de uma estrutura de suporte que faça sentido à dedicação esperada dos times. as startups, nesse tipo de interação, precisam dedicar tempo e [eventualmente] tirar o foco do crescimento de mercado para tornar esse processo relevante pelos resultados gerados.
o cenário ideal para o sucesso dessa relação tem serviços e metodologias ofertadas para dar suporte nessa jornada… isso precisa estar alinhado as estratégias e aos resultados esperados. isso vai desde estabelecer as rotinas de interação (com mentorias, conexões, escritório, eventos,…) até o raio de alcance dessas oportunidades (investimento local, nacional ou internacional).
o ambiente precisa mobilizar as lideranças corporativas, adaptando os processos internos, apresentando as dificuldades do cenário atual e acompanhar todo processo de construção, adaptação e testes. o ambiente também é pensado para receber as startups e facilitar a integração local, especialmente os presenciais. o suporte vai desde o deslocamento até a formalização do negócio naquele local… no nosso caso o PortXL nos conectou com a EY que, alem de nos integrar ao país, facilitou a abertura da nossa empresa na Holanda.
esse é o melhor investimento que as corporações podem fazer para estabelecer um bom relacionamento com as startups… o investimento financeiro é só um dos aspectos.
4. o que aprendi, como startup conectada à uma grande corporação em um programa de escala global?
se conectar com grande corporações demanda disponibilidade e foco que podem (e eventualmente irão) impactar outras estratégias de crescimento, tenha isso em mente e alinhado entre as pessoas do time fundador;
saiba todas as possibilidades de acesso através das corporações vinculadas ao processo e não deixe de explorar ativamente essa rede… em ambientes corporativos é papel das startups conduzirem o ritmo da interação;
use essas conexões com as corporações para testar a qualidade do seu produto em ambiente de execução complexa… essa é uma validação fundamental para aprimorar estratégias comerciais para estabelecer sua startup como relevante no mercado;
aprenda a interagir com lideranças corporativas, não são perfis regulares no mercado, entenda suas demandas e seus limites de atuação (especialmente quando a resolução de uma questão, tecnicamente simples, envolve áreas diferentes da corporação), saiba ouvir e adaptar-se ao contexto não só do problema, mas da visão de futuro;
não tenha medo de ter dúvidas, use esse momento para amadurecer seu entendimento de mercado, desenvolver suas habilidades empreendedoras e descobrir como estabelecer seu negócio como uma das referências competitivas no mercado.
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