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e para ouvir o podcast "papo de kamelo”
o que fazer sem um time de produto?
pode parecer contraditório, mas uma das maiores dificuldades no desenvolvimento de produtos digitais é conseguir montar um time capaz de validar, projetar, construir, entregar e testar. com a alta demanda de produtos e a escassez de talentos no mercado, o investimento em um time próprio pode ser financeiramente inviável em alguns contextos… como você tem lidado com isso?
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PAPO DIRETO
hoje conversei com os fundadores da bossabox
1. como vocês definem a bossabox para o mercado?
A BossaBox é uma plataforma que conecta empresas que possuem a necessidade de construírem ou melhorarem um produto digital a squads de tecnologia compostos por freelancers profissionais, ou prolancers como gostamos de chamar.
Se uma empresa quer criar um produto digital do zero ou melhorar alguma parte dele, vamos entender mais a fundo a demanda, propor uma estrutura de time que faça sentido pro problema que busca resolver, alocar os profissionais ideais no projeto, fazer todo o onboarding dos prolancer e acompanhar de perto a evolução desse time.
A gente se classifica como um marketplace gerenciado de desenvolvimento de produtos digitais. Nós fazemos isso porque não apenas conectamos oferta e demanda no marketplace, mas temos uma série de processos, ferramentas e especialistas internos que garantem performance e qualidade nos squads que montamos.
acompanhe o time fundador:
André Abreu, CEO
Jéssica Muniz, Head de Operações
Eduardo Koller, CTO
João Zanocelo, Product & Design
2. para quem é a bossabox?
Desde sempre a gente tentou focar, entender e tangibilizar nossas personas. Inclusive, essa é uma dica super importante que podemos dar para as startups que estão começando: evitar trabalhar com todo tipo de cliente, isso só vai dispersar seu foco e levar a um produto que não gera valor pra ninguém.
Mas voltando pra pergunta, já atendemos desde PMEs até Corporações. Hoje, depois de muita experimentação, focamos em dois perfis ideais de clientes (ICPs):
O primeiro é o que chamamos de Digital Masters, que são aquelas empresas já tradicionais e que possuem mais de quinze anos de experiência, mais de 500 funcionários, uma estrutura de tecnologia interna madura e mentalidade ágil. Um case legal é o case da Trinus.
O segundo são os Digital Natives, que são empresas que tem mais ou menos 12 anos de vida, que podem ser classificadas como grandes startups, investidas por fundos de Venture Capital e que possuem muita maturidade tecnológica/digital. Um case legal é o case da Housi.
Já falando de profissionais de tecnologia, focamos em Product Managers, Product Designers e Developer Srs. que buscam um jeito mais eficiente de ter uma renda extra.
eu precisei contratar um time de desenvolvimento para construir as primeiras versões do software na minha última startup, inclusive aqui tem algumas experiências que tive nessa jornada, esse processo foi muito importante para ganharmos tempo na entrada de mercado.
a sugestão que dou é, antes de contratar serviços como o da bossabox, gastar o tempo necessário para validar suas hipóteses de problema (claro) e testar os conceitos de solução que fazem sentido para uma fatia inicial de mercado que você ofertará o produto… disso isso porque as regras de negócio precisam estar claras no seu time.
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3. quais estratégias para ter e manter uma rede de talentos em um cenário de escassez dos talentos de tecnologia?
A quantidade de conteúdo na internet sobre isso é muito extensa, então vou me basear mais na nossa experiência empírica. Quando eu penso em como reter profissionais, primeiro pedaço de conhecimento que me vem em mente é o que aprendi com o Livro Drive, do Dan Pink.
Não sei se já é conhecimento comum pra muitas pessoas, mas lá ele prega que já tem um tempo que as dinâmicas profissionais/corporativas não envolvem mais aquele trabalho manual e repetitivo (algorítmico), mas sim aquele que é criativo (heurístico). O problema aqui é que as empresas estão acostumadas com a velha lei de incentivos: puna os comportamentos que deseja reprimir e recompense aqueles que quer aumentar. Isso ele chama de incentivos extrínsecos. Porém, esses incentivos funcionam muito bem para as atividades algorítmicas. Para as heurísticas pode ser destrutiva e a gente precisa pensar numa nova forma de motivação.
Segundo o Dan Pink, esse tipo de atividade é melhor incentivada quando a motivação vem de dentro. Ou seja, quando a própria pessoa se sente bem ao fazer aquela tarefa, pelos motivos dela. Ele chama isso de incentivos intrínsecos. No livro, ele explica que os grandes motivadores são:
Mastery: Desejo de melhorar em algo que seja importante pra pessoa;
Autonomy: Desejo por tomar as rédeas da própria vida;
Purpose: Desejo por fazer coisas maiores que nós mesmos e nos sentirmos pertencentes;
Por que isso é importante pra você? Porque pra profissionais serem atraídos, grana pode até funcionar, mas difícil de reter sem ter uma cultura forte por trás (pelo menos não aqueles que você quer reter). É preciso garantir que essas pessoas se sintam completas e motivadas trabalhando.
Na minha opinião essa é a única coisa que importa. Se você tem isso, pessoas ficam por mais tempo, recomendam pra outras pessoas, você tem menos necessidade de contratar novos funcionários, melhores decisões são tomadas e por aí vai. A famosa flywheel.
Não to dizendo que essa é a única verdade e a bala de prata. Isso é um problema super complexo e tema pra curso de faculdade. Mas o começo é ter uma cultura forte e agregar pra vida das pessoas que trabalham na sua empresa.
obrigado por ter lido!
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