kamelo #184 | não somos nosso crachá
hoje eu compartilho algumas lições aprendidas como diretor de novos negócios no Grupo Ser Educacional, onde tive a oportunidade de criar e dirigir a Overdrives.
👋. olá, Luiz aqui! você é bem-vinda(o) a mais uma edição da kamelo, newsletter de produção independente onde trato de assuntos relevantes para quem está criando ou desenvolvendo startups! se é sua primeira vez por aqui, te convido a assinar e receber as edições futuras no seu e-mail ou no app do substack 🤗
ah! já ouviu meu podcast, o papo de kamelo? está disponível nas principais plataformas de áudio.
esse mês vi meu projeto ser descontinuado
depois de pouco mais de 5 anos como diretor de novos negócios em uma grande empresa educacional, onde criei a overdrives (uma estratégia de identificação, conexão, investimento e suporte em startups multi mercados), projeto que acabou de ser descontinuado… agora é olhar para os próximos passos.
DIRETO AO PONTO
não serei mais o luiz da overdrives
final de 2018 ouvi o episódio incrível do boa noite internet: você não é seu crachá, onde Cris Dias trata de como adotamos o sobrenome dos cargos ou empresas que fazemos parte, mas até que ponto “abrir mão” de quem somos para adotar essa identidade corporativa faz sentido?
eu já tive muitos sobrenomes: luiz professor de matemática, luiz do scrum, luiz do startup weekend, luiz da lotebox, luiz da manguezal e recentemente, luiz da overdrives. depois desses muitos sobrenomes entendi que mais importante que incorporar nosso crachá é entender quem somos em cada contexto que nos envolvemos.
sem dúvida o crachá da overdrives marcou minha jornada, promoveu uma das experiências mais intensas, me conectou com pessoas incríveis e certamente será fundamental para meus próximos desafios.
deixa te perguntar, você tem curtido os conteúdos que compartilho aqui na kamelo? entre esses sobrenomes o que tem me dado mais orgulho é luiz da kamelo, um projeto que vem sendo construído há 2 anos e tem gerado ótimos resultados. agora você pode apoiar a kamelo!
nunca aceitei um desafio sem dar meu melhor!
posso resumir minha jornada na overdrives como uma missão, uma provocação, muitos desafios, bons resultados, muito aprendizado e um final precoce.
sempre me dispus a ajudar no desenvolvimento de comunidades e startups utilizando o que aprendi empreendendo e pesquisando regularmente os aspectos de criação e desenvolvimento de negócios digitais. enquanto empreendedor passei por diversos ambientes que me fizeram amadurecer rápido.
quando assumi o cargo de direção executiva (depois que saí da operação da lotebox), recebi uma missão de construir uma estratégia de investimento em startups… priorizando o que entendíamos como boas oportunidades de negócio.
com uma folha em branco nas mãos, trouxe uma provocação sobre o que poderíamos fazer para impactar o ecossistema de startups a partir das experiências que trouxe da jornada empreendedora, sem perder alinhamento com a capacidade de estabelecer conexão das startups com a corporação.
entender os objetivos estratégicos corporativos e conectar isso com as oportunidades no relacionamento com startups não é trivial, não basta criar um fundo para executar um corporate venture capital. esse é um processo que nasce mexendo na cultura de trabalho, o que apresenta muitos desafios que vão das mudanças de processo até o comportamento das lideranças.
a overdrives foi criada para gerar impacto tanto dentro quanto fora da corporação.
quem foi o luiz da overdrives?
quando vesti esse crachá, assumi a responsabilidade de construir algo do zero, acompanhando e dirigindo todas as etapas estratégicas e operacionais. isso me fez desenvolver maturidade não só no relacionamento com startups, mas em diversos aspectos corporativos impactados pelo movimento da inovação.
posso dividir o papel da overdrives em três grandes áreas:
1️⃣ influenciar a cultura de inovação corporativa
2️⃣ criar novas experiências educacionais
3️⃣ estabelecer estratégias de investimento em startups
o luiz da overdrives se tornou uma figura pouco convencional no ambiente corporativo, provocando as estruturas e conectando com novas oportunidades. minha posição criou uma identidade de marca muito vinculada a mim…. o que gerou uma responsabilidade na geração de bons resultados.
mesmo vendo um final precoce, sei que a overdrives deixou sua marca tanto na corporação, quanto no mercado. isso só foi possível pelas pessoas que confiaram nas minhas ideias, que acreditaram no projeto que gestei, lancei e vi crescer.
na corporação vi surgir novos produtos suportados por uma estratégia de corporate venture building, influenciamos as estruturas educacionais propondo formações conectadas ao ambiente de startups e, claro, muito aprendizado interagindo com empreendedora(es) e dando suporte no desenvolvimento dos seus negócios.
a kamelo está crescendo rápido pelo compartilhamento das(os) nossas(os) assinantes. que me ajudar a falar para mais pessoas? aproveita e compartilha nos seus grupos e redes sociais:
hoje me vejo preparado para os novos desafios, desde tonar a kamelo uma fonte de referências relevantes para o ecossistema de startups até os novos ambientes que abrirão suas portas para muitas ideias malucas.
somos o impacto que geramos e nos tornamos o que levamos de aprendizado nos passos futuros da jornada.
Baita trajetória, Luiz! Cada linha do teu escrito, por si só, já tem entrelinhas que vão muito além do crachá.
Creio que por cultura ou necessidade, ganhamos o sobrenome da instituição que fazemos parte e isso passa a nos localizar ou diferenciar. Entendo que o desafio é criar um projeto próprio em que você seja identificado por ele, sem que alguém venha e o retire de você. Interessante o post seu. Umas forma de desgarrar do crachá e marca uma passagem na tua jornada. Tomara que o projeto aqui não pare. Abraço