kamelo #193 | ciclo de diluição ao longo da evolução
Estratégias de diluição de equity e captação de recursos para startups: Entendendo os cenários e otimizando o captable para crescimento sustentável
EDIÇÕES ANTERIORES DA KAMELO
case da fix it
papo com Duda Oliveira
é muito bom te ter por aqui! a kamelo é uma produção independente que tem ganhado força pelos compartilhamentos das edições, por isso considere compartilhar essa edição para alcançarmos mais pessoas 🤗
equity é o que há de mais valioso em qualquer startup, por isso é fundamental saber negociar a diluição com os perfis investidores que surgem ao longo da jornada, isso pode impulsionar ou travar a geração de oportunidades estratégicas e, por isso, esse será o tema central da edição de hoje.
antes de começar
criar conteúdo deveria ser um prazer para quem o faz, faço isso desde 2012 por gostar de contar histórias, compartilhar aprendizados e opiniões. a criação de conteúdo é parte da minha rotina diária de pesquisa, combinado com o que vivencio todos os dias. infelizmente tem gente que vê a criação de conteúdo como oportunidade para se projetar nas redes sociais, mesmo que para isso saiam usando conteúdo de outras pessoas como seus. recentemente alguns criadores de conteúdo se juntaram para criar uma página no LinkedIn para identificar pessoas que estão copiando conteúdos sem nenhuma preocupação com a pessoa que, de fato, o criou… conheça a attenzione pickpost!
se você trabalha em times de inovação ou se atua em alguma empresa focada em apoiar a criação e o desenvolvimento de startups, terei uma segunda newsletter para falar com você! enquanto a kamelo foca nas startups e investidoras(es), a i.insights vai focar em conteúdo para quem trabalha com inovação e startups. se esse for seu caso, te convido a assinar essa nova news, se você conhece alguém com essa atividade, envia o link pra ela 🤗
MAIS SOBREA KAMELO
sua startup pode ser um case na kamelo, basta acessar e responder esse formulário
você já ouviu meu podcast? ouça do Papo de Kamelo no spotify
quer ter acesso a conteúdos exclusivos? conheça meu perfil no patreon
como diluir sua startup?
risco vs. potencial
esses são fatores chave na avaliação e negociação em qualquer avaliação para captação financeira ao longo do desenvolvimento das startups. então, como podemos preservar nosso captable saudável e ainda ser atrativo às teses de investimento que impulsionam o desenvolvimento do nosso negócio.
recentemente vi esse estudo da carta que levantou as médias de equity negociados em cada ciclo de investimento nas startups, uma visão que me parece alinhada ao momento de mercado, mas que não tira a importância de refletir sobre o que está por trás dessa análise.
o captable é o maior bem de qualquer startup, por isso toda demanda de captação precisa refletir nos objetivos estratégicos do negócio. eu já vi muitos problemas ligados à distribuição de equity nas startups, especialmente quando a startup tem muitos acordos de sociedade em andamento.
a saúde do captable diz respeito a forma que se dá o relacionamento das startups com suas oportunidades de investimento, se não há alinhamento sobre o potencial de conquista a partir da injeção financeira e do intangível oferecido pelas(os) investidoras(es), certamente o negócio vai travar na sua capacidade de crescimento.
vamos entender como se dá cada quadrante desses:
cenário “A”
geralmente associado a startups com modelo consolidado no mercado
quando há muito potencial comprovado em mercado e pouco risco de insucesso, as negociações de investimento serão direcionadas ao fortalecimento do produto e da marca no mercado. para isso é fundamental ter uma boa estrutura interna para gerir os recursos e projetar resultados consistentes a partir da aplicação dos valores captados.
o cenário de consolidação não é o ponto final das startups, na verdade é uma fase de transição, uma vez que sempre haverá demanda de dar o próximo passo e conquistar novos espaços no mercado… para isso é fundamental criar marcos sólidos, então esse é um momento para solidificar o que foi construído e conquistado.
nesse caso a startup terá as melhores condições para negociar a projeção de valuation e até aproveitar esse momento consolidado para “limpar” o captable, tirando perfis investidores que não são mais estratégicos para o negócio.
cenário “B”
geralmente associado a startups que ainda não entraram no mercado
nesse cenário temos o início da jornada das startups, onde o foco são as validações e o risco é quase nulo (uma vez que não há nenhum compromisso formal com o mercado). esse é o momento que as mudanças são sobre o entendimento da oportunidade e na melhor combinação de funções, formas e fluxos da solução.
por não haver nada validado de produto e modelo de negócio os investimentos são pensados em dar vazão ao entendimento inicial necessário para entrar no mercado, por isso que é comum a adoção de relações mais pessoais com os perfis investidores dispostos a apostar em algo sem nenhuma garantia real de retorno.
aqui podemos ter uma negociação maior de equity, especialmente quando o perfil investidor se tornar também um perfil chave do negócio, tornando a entrada de mercado mais assertiva.
cenário “C”
geralmente associado a primeira fase da operação da startup no mercado
quando uma startup se lança no mercado há uma demanda regular de ter as primeiras conquistas em pouco tempo, validando que a proposição de valor é percebida e aderida por um corte inicial do mercado.
a fase de operação tem uma primeira grande conquistas a ser alcançada, descobrir o product market fit que prova uma primeira estratégia de negócio e o impacto de produto que se conecta bem às demandas reais de mercado. antes disso, o risco é potencializado pela responsabilidade assumida com as(os) early adopters e pela necessidade de mostrar que o negócio pode disputar espaço no mercado.
as negociações de investimento nesse cenário terão uma queda do valuation por combinar a demanda de captação financeira com perfis investidores que consigam incorporar uma estratégia de investimento econômico, facilitando o aprendizado do time fundador na entrega de valor ao mercado.
cenário “D”
geralmente associado às startups com plano de expansão no mercado
startups que conseguiram consolidar uma estratégia de posicionamento no mercado não deixam de buscar oportunidades de crescimento e expansão do negócio, seja com foco no mesmo mercado (olhando principalmente para o aumento da base de clientes), seja na abertura de novos mercados (considerando a diversidade na aplicação do produto).
nesse caso a demanda de captação tem conexão direta com objetivos estratégicos de crescimento. mesmo criando novos riscos de falha, os resultados prévios dão robustez na defesa dos planos de expansão e melhoram as negociações de investimento.
por conta disso, por mais arriscado que seja, esse é um dos melhores cenários de investimento em startup, onde há resultado real de mercado e o produto é competitivo. o que também torna a negociação favorável às startups, mantendo o equity controlado.
toda demanda de captação vai (muito) além da entrada financeira, mas esse complemento intangível pode (e vai) variar ao longo do desenvolvimento do negócio e dos resultados de mercado.
a kamelo é uma produção independente focada em entregar conteúdo de referência para o ecossistema de startups
SHELL STARTUP ENGINE APOIOU ESSA EDIÇÃO
estamos nos aproximando do encerramento da terceira chamada para o programa de open innovation da Shell! até o dia 11 de agosto você poderá se inscrever no Shell Startup Engine, basta ter uma startup focada em algum dos mercados abaixo:
soluções para o meio ambiente
agricultura e plantação sustentável
descarbonização
soluções energéticas
então, não deixa para os últimos dias, acesse esse link e preencha o formulário com o máximo de informações para facilitar a seleção da sua startup.
não pare por aqui
vem ai a primeira parceria de co-criação da kamelo, a impulso estará comigo nos próximos meses construindo conteúdo sobre a estratégia e a cultura de trabalho remoto, vale a pena conhecer mais sobre a empresa e acompanhar essa série de conteúdos que refletem o dia a dia da empresa!
o futuro já faz parte do nosso presente… há 10 anos, o filme o congresso futurista (de 2013) que está disponível no amazon prime, reflete muito do que está sendo discutido na greve de Hollywood sobre o uso de IA na recriação de imagens e outros processos de criação que colocam em xeque a capacidade técnica das(os) profissionais.
se você quiser saber mais sobre Web3, de uma forma leve e fácil de entender, vale a pena conhecer a the block point do
.
se você chegou por aqui pela primeira vez, te convido para assinar a kamelo, passamos de 3.000 pessoas acompanhando meus conteúdos, você é muito bem-vinda(o) 🤗
nos falamos na próxima edição, mas você pode se conectar comigo no LinkedIn, Instagram e Threads