kamelo news #007 | o que está acontecendo no Brasil e no Mundo?
+ será que a educação está evoluindo?
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a educação está evoluindo?
essa semana saiu uma conversa do The Shift com o CPO da Cogna, o Rangel Barbosa, sobre a revolução da educação “as-a-service". tenho visto muita discussão sobre o que mudou nas percepções de valor da educação, especialmente em ambientes de educação superior. será que estamos realmente evoluindo ou ainda há muito o que pensar sobre os argumentos de aprendizado?
NOTÍCIAS RECENTES
o que deu errado com a Livraria Cultura?
uma das maiores (e melhores) redes de livraria decretou falência no início desse ano, mas por que o caso da Livraria Cultura é algo que precisa ser falado aqui? o fim da Livraria Cultura me fez pensar sobre diversos aspectos que compõe o contexto de consumo de livros, ambiente que foi amplamente invadido por modelos como o da Amazon.
a falência da Cultura é também reflexo da nossa relação com livros. estamos cada vez mais envolvidos em informações sobre tudo, em poucos cliques e (quase sempre) a custo zero temos acesso a conteúdos diversos, por mais que isso nos faça refletir sobre a qualidade e a profundidade do que estamos consumindo.
o fator que me fez trazer esse tema pra cá é, pensando como quem cria soluções digitais, o que podemos aprender com os comportamentos do mercado? não perdemos o interesse de aprender, mas é certo que a facilidade do digital mudou nossa percepção de valor sobre a posse e o consumo de conteúdos. isso tem tudo haver com a Cultura pelo fato dela ser mais que uma loja de livros, mas uma experiência de descoberta e aquisição de conteúdos.
o ponto é que boas experiências não são sustentadas por modelos antigos, é como pensar numa imersão musical em uma loja que ganha dinheiro vendendo CDs. no empreendedorismo precisamos estar atentos às experiências entregues, mas questionar se nossos modelos estão alinhados aos comportamentos de mercado.
teremos uma queda no volume de startups?
nos últimos anos o aumento no volume de startups tem mostrado a abertura dos mercados para soluções digitais. isso criou um sentimento (arriscado) de que “tudo” poderia se tornar um bom negócio e que investir em propostas inovadoras traria resultados financeiros incríveis.
porém o que vimos nesses anos foi o surgimento e o crescimento acelerado de negócios com ótimas propostas, mas pouca base de sustentação, que com pequenas oscilações de mercado poderiam ter grandes quedas… estamos vendo isso todos os dias com as demissões em massa.
paralelo às oportunidades vimos muitos negócios "repetidos”, como o boom de bancos digitais com propostas e condições muito similares. ter muitas soluções para resolver um mesmo problema (quase sempre da mesma forma) gera um efeito rebote, onde o mercado começa a rejeitar algumas dessas soluções, eliminando a capacidade de competir.
essa previsão de queda no volume de startups não é só sobre a instabilidade econômica, mas por uma necessidade de “limpar” as opções, dando ênfase a quem realmente consegue gerar percepção de valor e impacta o mercado. esse momento é importante para quem está no início da jornada, será que você está criando algo realmente útil?
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startup comprando empresa tradicional
na contramão do que é esperado sobre o fechamento de startups, a Pipo mostrou que modelos inovadores com base de sustentação seguirão ganhando força no mercado. adquirir uma corretora de seguros reflete o quanto a startup entendeu as demandas do seu público alvo e soube usar o digital para criar uma nova relação das pessoas com algo tradicional no Brasil, os seguros saúde.
um negócio chamado NFL
até 1993 o intervalo do Super Bowl (jogo final das temporadas de futebol americano) era o momento do xixi, onde as pessoas aproveitavam a pausa para ir no banheiro, comprar uma cerveja, um lanche e voltar para ver o final do jogo. no campo tinham apresentações de bandas marciais de escolas ou universidades locais, nada que chamasse atenção.
nessa época, os donos da NFL perceberam que no intervalo, milhões de pessoas mudavam de canal para assistir outras programações até o retorno do jogo… foi dai que em 1993 a NFL resolveu reter a audiência televisiva nos intervalos, para isso trouxeram nada menos que Michael Jackson para fazer o primeiro show (de verdade) no intervalo.
de lá pra cá os show nos intervalos são um atração à parte que falam muito sobre o poder da exposição no lugar certo, na hora certa. sabemos que os artistas não recebem cachê para essa apresentação, mas isso não significa que o show é uma acção voluntária, longe disso! após seu show, Rihana (que não se apresentava há 7 anos) voltou a figurar a lista de 200 músicas mais ouvidas no mundo com diversos hits.
de funcionário para fundador de micro-SaaS
tenho acompanhado e estudado bastante sobre micro-SaaS, um movimento de empreendedorismo pautado na busca por qualidade de vida e não na corrida para construir negócios super valorizados. a newsletter do
é uma das minhas melhores referências e, entre tantas publicações legais, me chamou atenção o estudo de caso do Paulo Castellano.empreender uma startup é aceitar uma rotina constantemente turbulenta, especialmente até encontrar o product-market fit e conseguir ter um plano de crescimento viável e financeiramente sustentável. mesmo assim é um ambiente constantemente dinâmico que nos mantém em estado de alerta todos os dias… por mais que os resultados possam ser incríveis, sabemos que há um preço a ser pago por isso.
quando olhamos para os micro-SaaS saímos um pouco do ambiente frenético das startups para construir negócios que podem crescer, mas não são motivados por isso. criar um micro-SaaS é, acima de tudo, curtir a jornada aos poucos, sem criar grandes expectativas sobre a velocidade de crescimento… o que justifica ter o negócio como um estilo de vida.
tenho dedicado uma média de 10 horas por semana entre pesquisas, criação e customização de conteúdos para a kamelo. se você quiser apoiar esse meu projeto, pode fazer isso me pagando um cafezinho 🤗