o bom relacionamento entre startups e investidores
como estabelecer uma relação entre startups e investidores favorável ao desenvolvimento dos negócios?
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agora vamos ao assunto de hoje…
captar investimento é uma demanda comum nas startups, desde as fases iniciais a atração de capital é encarada como um combustível para testar hipóteses, validar soluções ou atrair clientes.
conseguir atrair capital externo pode impulsionar ou destruir o desenvolvimento do negócio, muito desse impacto está na relação entre as startups e seus perfis investidores, hoje trouxe algumas questões importantes para estabelecer uma relação saudável.
quem manda no negócio?
eu já convivi com diferentes perfis investidores e, por diversas vezes vi um comportamento que colocava o desenvolvimento em um risco ainda maior, o motivo? querer mandar mais que o time fundador!
a relação entre investidor e investida tende a criar um ambiente baseado numa relação de poder, afinal o capital investido é, por diversas vezes, a principal fonte de sobrevivência para a startup provar um conceito e se desenvolver.
essa é uma relação nada incomum no mercado, mas absolutamente destrutiva para os negócios, e isso pode ser entendido pela ótica da responsabilidade e do comprometimento com o negócio no longo prazo, não pela ótica do capital.
alguns perfis investidores erram ao acreditar que o risco do negócio é transferido para eles depois que o investimento é executado, por mais que investir em qualquer startup (em qualquer momento da jornada) tenha um fator de risco atrelado, ele é fundamentalmente do time fundador e parcialmente dos perfis investidores, não o contrário.
“luiz, ninguém quer perder dinheiro”, eu devo ter ouvido comentários como esse inúmeras vezes, ele parte de uma premissa logicamente correta, mas conceitualmente equivocada… deixa te explicar.
ter uma estratégia para investir em startups parte do princípio que há claro entendimento sobre os riscos associados, especialmente nas estratégias de investimento direcionadas às fases iniciais do negócio.
o investimento anjo, por exemplo, é um capital experimental, onde a startup precisa direcionar seus esforços para validar uma hipótese chave que impulsione alguma conquista relevante para o desenvolvimento e amadurecimento do negócio.
por mais que ninguém queira perder dinheiro, não podemos transformar o investimento em startups na lógica das apostas uma vez que há técnicas, ferramentas, métodos e boas práticas que minimizam a chance de “entrar numa furada”.
dessa forma, o papel não só do investimento, mas do perfil investidor é somar competências que impulsionem a conquista de resultados relevantes e que abra novas oportunidades de captação que, por sua vez, promovem uma melhor condição de saída sobre o investimento feito.
quem manda no negócio é o time fundador, é quem está no dia a dia da operação, quem está de cara para o mercado na busca por argumentos e estratégias que viabilizem um negócio atrativo e financeiramente sustentável… na falha das startups todos os perfis envolvidos perdem!
para ajudar a construir um perfil investidor com estratégias e teses bem formatadas que projetem bons investimentos desde a primeira startup, criei uma capacitação online que está disponível por poucos dias, então aproveita!
as responsabilidades por trás de uma boa relação
há alguns meses esse video viralizou e chamou atenção pela sinceridade do Vinod Khosla, co-fundador da Sun Microsystems. sem meias palavras ele soltou que “90% dos investidores não agregam valor às investidas”.
na conexão entre startups e seus perfis investidores anjo é esperado uma ralação baseada no smart money, ou seja, na soma do capital com a capacidade do perfil investidor apoiar o desenvolvimento do negócio, gerar valor como disse o V. Khosla.
quando uma startup vê necessidade de captar investimento externo é esperado a construção de uma proposta e um planejamento que apresente qual objetivo, quais resultados esperados e até quais os riscos associados. toda essa preparação reflete a maturidade do time fundador ao analisar o momento do negócio, o contexto do mercado e a janela de oportunidade que pode ser aproveitada com um capital externo adicional.
geralmente nesse tipo de abordagem o time fundador mostra quais serão as suas responsabilidades e o comprometimento em executar o planejado, justificando o capital investido e potencializando as condições de retorno; por outro lado o perfil investidor se vê na posição de decidir pelo investimento e, uma vez investido, cobrar os resultados.
os perfis investidores têm responsabilidade para além do investimento financeiro. nas fases iniciais as startups estão imersas em uma jornada para descobrir quais melhores estratégias para colocar um produto efetivo e um modelo de negócio atrativo no mercado. esse é um período que a construção de uma rede forte de conexões é entendida como premissa na qualidade do processo, é aqui que o perfil investidor pode ser um diferencial para o negócio.
esse gráfico é um resumo sobre os dois principais pilares por trás do perfil investidor na construção de uma relação smart money:
atuação no mercado - se você está investindo em startups que focam no seu mercado de atuação, torne-se usuário da solução ou seja uma ponte que facilite o acesso aos perfis identificados como clientes. seu conhecimento e experiência no mercado é um elemento chave para negócios que precisam descobrir o que gera percepção de valor no mercado;
rede estratégica - sua rede de relacionamento precisa ser explorada na busca por conexões que façam sentido para o negócio, essa é uma forma de otimizar relações que podem influenciar na conquista dos resultados projetados.
os perfis investidores não precisam assumir essa responsabilidade, mas uma vez que mostram alguma disponibilidade para combinar esses fatores de apoio, a chance da startup conquistar resultados relevantes aumenta, logo, o potencial de retorno.
identificar boas startups para investir não é trivial, contudo a medida que você entende como manter um bom relacionamento com as startups investidas, aumenta a assertividade nas tomadas de decisão futuras.
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compilei diversas experiências acumuladas ao longo dos últimos 12 anos inserido no ecossistema de startups para montar um processo em quatro módulos que vão desde a análise do cenário de startups até a construção de uma estratégia que permita construir um primeiro portfólio de negócios investidos.
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