o ecossistema de startups é (realmente) aberto às empreendedoras?
Inspiração Feminina: Seis Empreendedoras que Estão Transformando o Ecossistema de Startups com Diversidade e Equidade de Gênero
confesso que fiquei muito feliz com o episódio que compartilhei com o relato de Nara Iachan e Patrícia Travassos sobre como elas enxergam o momento do ecossistema de startups a partir da equidade de gênero e do estímulo para termos mais empreendedoras… por isso que hoje eu trago uma segunda edição, dessa vez com 6 empreendedoras que toparam compartilhar um pouco das suas trajetórias conosco!
se você chegou por aqui agora, te condito para vir junto comigo nessa jornada em busca do amadurecimento e diversificação do ambiente de startups!
empreendedoras que nos inspiram!
fui surpreendido quando seis empreendedoras me enviaram suas experiências, lições aprendidas, próximos desafios e suas opiniões sobre o momento do ecossistema de startups a partir da equidade de gênero e da diversidade na fundação de startups.
das seis empreendedoras, 4 compartilharam suas experiências em áudio, deixo aqui um resumo dessa conversa incrível!
um pouco da trajetória empreendedora dessas empreendedoras
Talita Salles: com uma carreira iniciada na área de tecnologia, Talita fundou a Biologix, uma startup focada em desenvolver soluções inovadoras para o sono. sua trajetória inclui liderança no desenvolvimento do mercado de cuidados com a saúde, com foco em sono e cuidados respiratórios, na América Latina.
Camila Nasser: inicialmente atuando no setor financeiro, percebeu a necessidade de promover mais investimentos para soluções de impacto, hoje como CEO do Kria, primeira plataforma de equity crowdfunding atuando no Brasil.
Isabel Garcia: com vasta experiência em gestão de pessoas, é sócia da Intelligenza, plataforma para desenvolvimento de negócios a partir da tecnologias SAP focado na gestão de pessoas.
Fernanda Monteiro: médica com mais de 15 anos de experiência em medicina de família e comunidade. desde 2020, atua como diretora técnica de clínica médica na ViBe Saúde, liderando a equipe de médicos on demand e o ambulatório médico digital.
Karina Rehavia: fundadora e CEO da Ollo - plataforma de talentos especializada em soluções Open Talent -, e da Social Talent – spin-off voltada para o mercado de criadores de conteúdo.
Camila Rizzi: head de comunicação e marketing da Agrotoken, anteriormente como coordenadora sênior de comunicação mercadológica.
inclusive, vale lembrar que Camila Nasser e Karina Rehavia participaram recentemente do meu podcast, o Papo de Kamelo!
quais principais lições aprendidas nessa jornada?
uma lição comum mencionada por todas foi a importância da resiliência. Fernanda enfatizou que os desafios iniciais, como a falta de recursos e o preconceito, exigiram dela uma postura perseverante e adaptável. “aprendi a cair e levantar mais forte cada vez,” afirmou.
Karina aprendeu a valorizar o networking, pois foi através de contatos estratégicos que conseguiu parceiros cruciais para o crescimento de sua empresa. “relacionamentos são tudo no mundo dos negócios,” destacou.
já Camila Rizzi mencionou a importância de ter um propósito claro e alinhar sua empresa a valores que promovam impacto social positivo. “o propósito nos guia em tempos de incerteza,” disse.
conhece empreendedoras que gostaria de conhecer mais trajetória dessas mulheres incríveis? então já compartilha a kamelo com todas elas!
quais seus próximos desafios?
os desafios futuros variam conforme o estágio de cada empresa.
Talita mencionou a expansão internacional como seu próximo grande objetivo. “estamos prontos para levar nossas soluções para outros mercados,” afirmou com confiança.
para Isabel, o foco está em escalar sua plataforma de educação para atingir um maior número de usuários. “queremos impactar milhões de pessoas,” declarou.
Camila Nasser está empenhada em desenvolver novos programas de capacitação que possam ser replicados em outras regiões do Brasil. “nosso objetivo é alcançar mulheres em todos os cantos do país,” disse.
sobre equidade de gênero no ecossistema de startups?
a evolução da equidade no ecossistema de startups foi vista de maneira diversa entre as entrevistadas. algumas, como Fernanda, reconheceram avanços significativos, especialmente com a crescente visibilidade de iniciativas voltadas para mulheres. “hoje vemos mais iniciativas e apoio, mas ainda é preciso fazer muito mais,” comentou.
no entanto, Karina pontuou que ainda há um longo caminho a percorrer, pois muitas mulheres enfrentam barreiras estruturais e culturais que dificultam seu acesso a financiamentos e redes de apoio. “a mudança precisa ser sistêmica e profunda,” afirmou.
Fernanda mencionou que, embora tenha observado uma maior abertura para mulheres empreendedoras, há uma lacuna significativa quando se trata de financiamento. “os investidores ainda são predominantemente homens, e muitas vezes não acreditam no potencial das empresas lideradas por mulheres,” disse ela. “Precisamos de mais mulheres em posições de investimento e decisão.”
Karina também destacou a importância de políticas de inclusão dentro das próprias startups. “não basta ter mulheres na liderança; é preciso criar uma cultura inclusiva que permita a participação de mulheres em todos os níveis da empresa,” afirmou.
ela também mencionou a necessidade de programas de treinamento e desenvolvimento voltados especificamente para mulheres, para que possam competir de igual para igual. “capacitação contínua é fundamental para que possamos ocupar espaços de destaque,” completou.
como podemos promover um ambiente com mais empreendedoras?
para fomentar a participação feminina no empreendedorismo, todas concordaram que são necessárias políticas públicas de incentivo e programas de mentorias específicos. as sugestões incluem desde ações governamentais até iniciativas privadas, visando criar um ambiente mais acolhedor e igualitário.
Camila Rizzi destacou a importância da educação desde cedo, incentivando meninas a se interessarem por áreas tradicionalmente dominadas por homens, como STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática). "precisamos começar na base, com as crianças. incentivar meninas a explorar e se apaixonar por essas áreas é crucial,” sugeriu. ela também ressaltou a importância de role models e mentoras que possam inspirar e guiar as jovens empreendedoras. “ver mulheres em posições de sucesso motiva outras a seguir o mesmo caminho,” afirmou.
Isabel sugeriu a criação de fundos de investimento voltados exclusivamente para startups lideradas por mulheres. “o financiamento é um dos grandes obstáculos, e precisamos de fundos dedicados para garantir que mais mulheres tenham a oportunidade de crescer e inovar,” afirmou. ela também mencionou a necessidade de eventos e conferências que deem visibilidade às empreendedoras. “dar palco para que as mulheres apresentem suas ideias é essencial para mudar a percepção do mercado,” disse.
Talita ressaltou a importância de programas de mentoria e redes de apoio. “a mentoria é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento das empreendedoras. ter alguém experiente para guiar e aconselhar faz toda a diferença,” comentou. Além disso, ela sugeriu que as redes de apoio, como associações e grupos de mulheres empreendedoras, podem fornecer recursos valiosos e um senso de comunidade. “saber que você não está sozinha e pode contar com o apoio de outras mulheres é extremamente motivador,” completou.
Camila Nasser destacou a necessidade de flexibilizar as políticas de trabalho para mulheres, especialmente aquelas que são mães. “a criação de ambientes de trabalho que entendam e apoiem a realidade das mães empreendedoras é crucial,” afirmou. ela sugeriu que empresas podem oferecer benefícios como horários flexíveis e creches no local de trabalho. “quando as mulheres não precisam escolher entre a carreira e a família, todos saem ganhando,” disse.
o que podemos concluir a partir desses relatos?
as entrevistas revelaram um panorama rico e diversificado do empreendedorismo feminino no Brasil. as empreendedoras destacaram a importância de resiliência, networking e propósito, ao mesmo tempo em que apontaram desafios futuros como a expansão de mercado e a promoção de equidade. através de políticas adequadas e educação inclusiva, é possível criar um ambiente mais favorável para o surgimento de mais mulheres empreendedoras, fortalecendo o ecossistema de startups no país.
e na sua experiência, o que podemos fazer para ter um ecossistema maduro e diverso?
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