👩🍳 menos é mais
nos últimos dias tenho entrevistado startups de vários setores e modelos diversos, todas dando os primeiros passos no mercado e buscando uma oportunidade de aceleração... nesse processo identifique um comportamento comum que parece bom, mas é muito arriscado nessa etapa do processo: a visão de "fazemos tudo", quando na verdade querer fazer demais é o primeiro passo para perder o foco e acabar não entregando nada realmente bom, pense nisso.
DO QUE FALEI ESSA SEMANA
as edições dessa semana
essa semana eu comemorei com os mais de 230 assinantes as 100 primeiras publicações sobre startups, um marco que significa muito para mim e que só faz sentido quando compartilhado contigo 🎉
edição 100 | nova etapa para a newsletter
edição 101 | cross selling e up selling
🤩 a partir de hoje, temos novidades!
agora teremos um canal aberto no Telegram para estender as discussões sobre os temas que tratamos aqui na newsletter, então já acessa esse link e me dá um "oi" por lá pra eu te conhecer!
O QUE ESTÁ ROLANDO
💰 o que é esse smart que vem com o money?
matéria publicada dia 09.02.22 no startups
quando comecei a empreender em 2013 o acesso à capital inicial ainda estava nas mãos de poucas pessoas que se apresentavam como investidoras(es) anjo e dos muitos programas de aceleração que tinham benefício federal para potencializar sua capacidade de seleção e investimento.
hoje, quase 10 anos depois, o cenário de investimento é completamente diferente, mas um tema segue recorrente em meio às possibilidades de captação financeira nos estágios iniciais das startups: o smart money... o que muda na relação investimento-startup quando colocamos esse smart na equação?
quando o cenário de investimento nacional era escasso, as startups precisavam ter maior agilidade para mostrar o potencial do negócio e chamar atenção de potenciais investidoras(es), época que os pitches de 3 a 5 minutos eram quase o padrão de tempo necessário que as startups tinham para "chamar atenção" de pessoas que pudessem injetar grana e trazer algo a mais, geralmente um melhor conhecimento de mercado ou maior abertura com próximas(os) investidoras(es) e fundos...
hoje essa relação mudou bastante, com a pulverização de pessoas investidoras e fundos cheques grande ou pequenos, as startups (nem todas) acabam se vendo cercadas de opções e propostas de perfis que não querem deixar uma boa oportunidade passar... lembrando um pouco o cenário de investimento no Vale do Silício em 2015 (quando fui investido por lá), quando se falava que um Power Point bem estruturado conseguiria captar US$200mil.
o smart que precisa vir com o money também precisa ser usado como diferencial nessa competição pelas melhores oportunidades de investimento, especialmente quando a tese é investir em startups nas fases iniciais... aqui não me interessa muito falar dos fundos de venture capital e de todo capital estrangeiro injetado diariamente nas startups mais desenvolvidas.
eventos como o pitch reverso que aconteceu ontem (10.02.22) mostra como o que vem além do valor investido faz diferença, a exemplo dos programas de aceleração como a Overdrives que eu dirijo, onde as metodologias, a rede de mentoras(es) disponível, as conexões com o mercado e próximos investimentos precisam ser evidenciados e colocados como elementos estratégicos no desenvolvimento consistente das startups.
tá lendo a sobre startups pela primeira vez? gosta de receber informações por e-mail e não ter a pressa das redes sociais para ler? então já assina essa newsletter para não perder as próximas edições 🤗
PARA APROFUNDAR
💊 o salto do mercado de health techs
conteúdo tirado do Startup Health Insights 2021, baixe aqui o relatório completo.
o ano de 2021 fechou com um crescimento de 24% no volume de investimento em health techs, mas com o dobro do valor total investido, de US$22bi em 2020 para US$44bi em 2021... o que podemos aprender com isso?
quando olhamos para 2011, quando volume de investimento global em health tech girava em torno de US$2bi, já se falava que a saúde seria uma das economias mais promissoras aos produtos digitais, mas ainda havia um certo receio do mercado quando pensávamos na eficiência técnica desses produtos frente às atividades de saúde mais complexas.
quando olhamos para o volume investido apenas em 2021, volume 20x maior que 11 anos atrás, entendemos que esse é, de fato, um cenário de boas e grandes oportunidades de negócio que tem sua fundação no digital.
"Luiz, essa salto do volume investido precisa ser entendido pelo impacto que a pandemia tem causado de 2020 pra cá”
sim, a pandemia de COVID-19 impactou diretamente tanto no volume de novos negócios que captaram investimento, quanto no volume investido em 2020 e 2021, mas o ponto relevante sobre isso está na projeção de crescimento dos investimentos no setor que seguem positivos mesmo com o fim do estado de pandemia.
o big deal conquistado em 2021, nos EUA, foi o da Devoted Health que captou US$1,2 bilhões. fora dos EUA o big deal foi na startup inglesa CMR Surgical que captou US$600 milhões.
quando olhamos para os hubs com maior atração de health tech temos, nos EUA a cidade de San Francisco, onde 200 startups desse mercado captaram juntas US$11,9 bilhões e fora dos EUA temos Londres, onde 47 startups captaram juntas US$2,3 bilhões.
quando pensamos na diversidade das startups investidas ainda temos um cenário nada favorável aos negócios que não são fundados e liderados por homens brancos. apenas 2% de todo valor levantado em 2021 foram para startups fundadas por pessoas pretas, 10% para startups com fundadoras mulheres, mas desses apenas 2% para startups com empreendedoras individuais.
"e aqui no Brasil, como estão os investimentos em health tech?”
olhando para o retrospecto de investimento em startups nacionais de saúde temos:
2019 com US$ 2,2 milhões captados
2020 com US$51 milhões captados
2021 com US$138 milhões captados
por aqui a Alice foi o grande case de captação em 2021, levantando sozinha US$127 milhões em uma rodada liderada pelo Softbank.
"que tipo de solução de saúde tem surgido no Brasil?"
os dados nacionais mais atuais que consegui estão no report de healthtech da Distrito que mapeou 542 startups do setor, categorizando as empresas em 9 áreas:
acesso à informação
portais de conteúdo educativo
fitness e bem-estar
plano de saúde
gestão e pep
prontuário eletrônico
gestão hospitalar
gestão clínica
atestados, laudos e prescrições
marketplace
marketplace de oferta própria
marketplace de oferta terceira
clínicas populares
AI e big data
AI e robótica
big data e análises
medical services
equipamentos
3D
telemedicina
teleatendimento
telediagnóstico
telemonitoramento
farmacêutica e diagnóstico
e-commerce
pesquisa farmacêutica
genômica
exames
relacionamento com pacientes
engajamento de pacientes
terapias digitais
comunicação
wearables e iot
wearables
sensores de saúde
essa distribuição mostra o quanto de possibilidades que podem ser fonte de oportunidades para startups que querem atuar nesse setor econômico, tais como nossas investidas e aceleradas: UpSaúde e Fix It da turma 3, bHave e aFarma da turma 4 da Overdrives.
gostou dos temas que estamos tratando nessa edição? conhece quem pode se interessar por essas questões? encaminha esse conteúdo nos teus grupos de WhatsApp e Telegram para que mais pessoas possam estar conectadas com essa e as próximas edições 🤗
CONHEÇA MAIS SOBRE A ALICE
case de startup de saúde
imagine ter um time de saúde ao seu lado, lhe acompanhando de perto para garantir uma melhor qualidade de vida em áreas que comumente não somos proativos?
🎁 modelo de negócio
Alice é uma organização de saúde centrada nas pessoas que se dedica aos princípios de uma melhor gestão de saúde através da tecnologia, empatia, transparência e simplicidade. com um modelo de atendimento que combina as funções das(os) prestadoras(es) de serviço de saúde primário, secundário e terciário com uma seguradora de saúde direta as(aos) consumidoras(es).
a startup tem modelo B2B com planos desenhados para empresas que querem entregar um conceito diferente de seguro saúde para as(os) colaboradoras(es).
🫂 time fundador
a startup paulistana é fundada em marços de 2019 pelo Guilherme Azevedo (que fundou também a dr. consulta), André Florence (que foi CFO da 99) e Matheus Moraes (que foi presidente da 99 de 2918), hoje conta com mais de 750 funcionários.
🔎 análise geral
o mercado de saúde, depois do financeiro, é um dos que mais abriram caminhos para inovação através de produtos digitais. o que vemos ser entregue pela Alice reflete uma das grandes problemáticas na nossa relação com seguradoras de saúde que, em geral, geram altos custos para am empresas e não entregam uma boa experiências nas demandas recorrentes de atendimento.
vejo os modelos como o da Alice mudando drasticamente a forma que conhecemos e lidamos com seguradoras de saúde, mesmo que o apelo da internação e emergência ainda mantenha nosso interesse em tê-los contratados.
🤝 conecte-se com essa startup:
SUGESTÃO DO LUIZ
☕ vai um cafezinho?
se você não acompanhou o que rolou essa semana, presenciamos uma declaração infeliz do agora ex-sócio e apresentador do canal Flow Podcast, Monark, que em entrevista defendeu a possibilidade do Brasil voltar a ter um partido nazista com a premissa da nossa liberdade de expressão, por isso resolvi escrever um artigo no LinkedIn falando meu entendimento (como produtor de conteúdo) sobre essa tal liberdade, recomendo a leitura e a reflexão.