sobre startups #103 | 🏈 se as startups fossem times de futebol?
parabéns ao Los Angeles Rams
🏈 e se você não tiver o melhor time?
o futebol americano é conhecido pelas reconstruções onde os times com as piores campanhas têm preferência de trazer primeiros os melhores talentos vindos da universidade... e mais "verdes". fora dos campos, nosso times podem não ter os talentos mais experientes, mas pode ter uma [boa] estratégia para captar e desenvolver os mais novos.
STARTUP QUE VALE CONHECER
🥈 prata da casa
quando o assunto é futebol... aqui no Brasil, um assunto é recorrente: como os jogadores podem ter oportunidade de projetar sua carreira internacionalmente?
fundada por Bruno Pessoa, a tero bem para dar maior visibilidade as(aos) jogadoras(es) de futebol às melhores oportunidades no esporte.
uma edição fora do horário tradicional por motivos de: só consegui terminar esse texto depois do resultado de ontem no Super Bowl 56... quarta seu email chegará como sempre às 7:01am 🤗
O QUE ESTÁ ROLANDO
🐏 vitória dos Rams... o que está por trás de uma franquia de futebol americano?
o futebol americano é, muito mais, que um esporte popular...
para quem gosta e acompanha esse que é um dos esportes mais populares nos EUA é fácil perceber que não se trata apenas de um campeonato, 32 times e rivalidades dentro de campo... o futebol americano é, antes de tudo, um conglomerado empresarial que trabalha o poder das marcas para atrair receita e usar as dinâmicas de contratação para criar oportunidade de vitória até para os times mais desacreditados.
🐏 os Los Angeles Rams...
fundado por Homer Marshman em 1936 em Cleveland (estado de Ohio), o até então Cleveland Rams (nos esportes americanos tem muito de usa o nome da cidade como "primeiro nome", se fosse assim por aqui teríamos o Rio Flamengo, por exemplo) se juntou à NFL em 1937, compondo a divisão Oeste, depois da tentativa frustrada de outros 3 times locais se manterem na liga.
uma curiosidade sobre os times de futebol americano é que, por terem donas(os) eles podem mudar de cidade/estado sem perder a marca, no caso os "rams"... assim foi com essa franquia que tem uma história de mudanças.
em 1946 o time sai de Cleveland para Los Angeles e recomeça uma história que durou até 1994, quando a franquia faz as malas e parte para se tornar o St. Louis Rams de 1995 até 2015, mas por que de tantas mudanças?
os times de futebol americano são empresas privadas (exceto pelo Green Bay Packers que é um time da cidade), por isso passam pelas mesmas questões de relacionamento estratégico, captação de investimento e benefícios locais que determinam o próximo passo do negócio.
o caso do Rams, a saída para St. Louis foi a combinação de uma sequência de más resultados, um estádio (geralmente criado e mantido por alguma outra empresa) que não acompanhou o desenvolvimento tecnológico da liga... além do fato da atual dona no time, Georgia Frontiere ser de St. Louis.
na nova cidade, o agora St. Louis Rams teve momentos de altos e baixos, com destaque à vitória do Super Bowl de 2007. com a morte da G. Frontiere, o time passou a ser comandado por seu filho, Dale Rosenbloom e sua filha Lucia Rodriguez.
até que em 2016 o time volta à Los Angeles com uma pompa cinematográfica, um forte apelo de mercado (agora redesenhada e modernizada) , muitas conexões com artistas residentes na região que se identificaram com o "novo" time da cidade, incluindo o show que os Red Hot Chilli Peppers fizeram do antigo estádio dos Rams no intervalo de um jogo de 2016.
o ano de 2018 parecia ser o que marcaria a consolidação dos Rams como um dos principais times da liga, depois de contratarem um dos grandes talentos universitários em 2016 (Jared Goff) e uma campanha com 13 vitórias e apenas 3 derrotas, nada parecia parar os Rams de 2018 e assim foram até o Super Bowl 53, contra o New Englad Patriots do Giselo Tom Brady, o jogo terminou 13-3 para os Patriots.
em 2020 o time inaugurou um dos mais modernos estádios da NFL, se não o mais moderno, com o maior telão em ambiente esportivo do mundo e uma infra-estrutura que bota tudo que conhecemos no chinelo, o SoFi Staduim, SoFi que é uma empresa de tecnologia para finanças pessoais baseada em San Francisco (lembra que falei dos campos terem outras empresas como donas?).
valendo algo em torno de US$4,8 bilhões (fichinha perto de muita startup) nessa última temporada o time "tirou o escorpião do bolso" e fez uma contratação em massa, desde a principal posição perdida pelo agora não tão talentoso Jared Goff para o "velhinho" Matthew Stafford e mais uma galera que teve seus anos de glória, mas que não estavam na linha de frente das contratações, resultado?
ontem os Rams foram, pela segunda vez, campeões do Super Bowl (mas a primeira como time de Los Angeles!)
se você chegou por aqui hoje, não se assuste, essa newsletter não é sobre esporte... é sobre startups, mas não pude deixar de falar de um dos maiores acontecimentos esportivos do ano que tem muito a nos ensinar.
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PARA APLICAR
🧢 e se as startups fossem como os times de futebol americano?
como é a dinâmica do futebol americano?
resumindo 1568 regras: o futebol americano é um jogo de ataque contra defesa, onde o time que está atacando tem "pequenos" objetivos de 10 jardas (~9 metros) que precisam ser conquistados em até 4 jogadas, se o time passa 10 jardas, precisa ganhar mais 10 até chegar no final do campo (end zone) e pontuar, deu pra entender?
essas são as posições tanto dos times de ataque quanto de defesa, olhando para os perfis que compõem o time de ataque percebi algumas similaridades com as estruturas de uma startup. então vamos entender que comparações são essas e se elas fazem sentido mesmo!
1️⃣ quarterback: figura central do ataque, o jogador é responsável por armar o time para as jogadas que permitam o time seguir avançando. ele se torna um perfil com visão estratégica, conhecendo as habilidades do time e usando isso para gerar os melhores resultados... podemos comparar o quarterback com a(o) CEO das startups;
2️⃣ linha ofensiva (center, guards e offensive tackles): jogadores cujo principal objetivo é protejer o quarteback tempo o suficiente para que ele consiga executar sua jogada, ou seja, eles protegem o sucesso das estratégias, assim como os times de produto nas startups. a linha ofensiva precisa ser forte e ágil para conseguir entregar um bom resultado às estratégias;
3️⃣ wide receivers: jogadores rápidos que, correndo (geralmente) pelas laterais do campo conseguem receber bolas lançadas em grandes distâncias e dar velocidade na busca pelas pontuações, por isso podemos compará-los às estratégias de comunicação das startups que (mesmo em ações arriscadas) projetam o negócio no mercado e, se efetivos, impulsionam grandes resultados.
4️⃣ running back full back e tight end: usados para aproveitar brechas na defesa em pequenas conquistas de território correndo com a bola ou a recebendo em pequenas distâncias, podem ser vistos como jogadores que garantem "jogadas de segurança" sem a plasticidade dos recebedores e até ajudando nos bloqueios quando necessário. esses perfis podem ser comparados com as estruturas operacionais das startups, seguindo os ciclos de execução, garantem que os resultados base serão alcançados mesmo quando a comunicação não é tão efetiva.
veja sua startup como um conjunto de habilidades que podem, juntas, suportar a execução de boas "jogadas estratégicas" que, se derem certo, projetarão seu negócio no mercado... portanto se você lidera um time, entenda que cada "jogada" é importante, assim como é estratégico experimentar "movimentos" variados para ganhar espaço no mercado.
espero que essas comparações te ajudem a refletir também sobre o papel e as responsabilidades das pessoas no seu time... e que essa visão de time seja, de fato entendida como um elemento estratégico na busca por resultados relevantes, mesmo em times sem tanto tempo de experiência.
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QUIZ #05
🕹️ será que você sabe?
quantos títulos cada time desse tem? ligue cada time com a quantidade de vitórias no Super Bowl que cada um tem!
SUGESTÃO DO LUIZ
☕ vai um cafezinho?
se o tema de hoje foi todo sobre futebol americano, nada mais justo que minha recomendação de hoje ser o in-crí-vel show do intervalo que vimos ontem no Super Bowl 56 com Dr. Dre, Snoop Dogg, Eminem, Mary J. Blige, Kendrick Lamar e 50 Cent!