sobre startups #74 | 🎧 como o spotify mantem o time alinhado?
e vamos com mais uma metodologia adotada pelo Spotify
🔄 se coloque na posição de outras pessoas
todo negócio é feito para algum mercado, portanto para uso de outras pessoas... por isso durante todo processo de criação e evolução é preciso desenvolver habilidade para se colocar no lugar dessas pessoas e entender quem elas são de fato.
🚕 em 1897 Londres licenciou os taxis...
MUDANÇAS DE MERCADO
112 anos separam o ano que Londres licenciou os primeiros taxis (primeira cidade a fazer isso no mundo) e o lançamento da Uber em San Francisco em 2009... em 6 de dezembro a capital inglesa viu uma frota de carros invadindo as ruas para transportar as pessoas pela cidade, imagino como isso deve ter sido confuso, por mais que o aluguel de veículos não fosse novidade alguma, mas pelas primeira vez tínhamos "carros como serviço".
Mudanças de mercado são cada vez mais comuns, reflexo de como as tecnologia influencia novas percepções de problema e projeta soluções que poucos anos atrás seriam inviáveis, produtos como a Uber que, além de digitalizar a gestão de uma fatia dos transportes urbanos, criou um novo modal de transporte, expandindo nosso conhecimento pelo produto "tipo taxi".
A Uber fez uma expansão do mercado, introduzindo novas alternativas sem alterar a base operacional do serviço, expandir mercados é algo comum entre soluções de Economia Compartilhada, como o AirBnb que surgiu dois anos antes da Uber e, partindo da mesma base operacionais dos hotéis, expandiu o mercado de hospedagem com espaços residenciais.
O que aprendemos com o digital é a capacidade de repensar as dinâmicas de mercado e recriar contextos a partir da manipulação de produtos que expandem nossa capacidade de resolver problemas ou criar oportunidades que não tínhamos visibilidade. Minha startup foi nessa linha, expandimos a capacidade das empresas que gerenciavam transporte ter uma operação acelerada sem perder a dinâmica que tinham antes utilizando planilhas.
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🕺 O ritmo do Spotify
AS METODOLOGIAS DO SPOTIFY
O Spotify é conhecido por adotar novas metodologias para entregar mais e melhores resultados, como foi com o entendimento do time em squads e como isso criar um fluxo mais ágil que o framework do scrum (e como isso pode ter dado errado)... essas metodologias têm um objetivo comum por trás, aproximar as pessoas para garantir alinhamento com a companhia... ou seja:
passaram por dois modelos (OKR e "Prioridades e Conquistas") até chegar no modelo atual, o DIBB (data-insight-belief-bet) onde "apostam" em objetivos estratégicos;
definir uma estrutura visual onde essas apostas formam um tipo quadro Kanban, agrupadas em colunas classificadas por "fazer agora", "fazer em seguida" e "fazer depois";
dar às áreas da empresa autonomia para ter e visualizar suas próprias apostas, sem deixar de ter uma conexão entre os quadros para que as prioridades estratégicas da empresa, entendendo que cada área da empresa tem um ritmo próprio.
🎯 Vamos mais do no DIBB - framework baseado na argumentação
1️⃣ DATA
por exemplo: "quantas pessoas escutam música?", entre desktop users vs. mobile users
Aqui o objetivo é claro: levantar questões precisam ser entendidas e coletar as dados necessários para realizar uma análise efetiva.
2️⃣ INSIGHT
por exemplo: "o consumo mobile está ultrapassando o consumo desktop... que sempre foi maior", como está o time de desenvolvedoras(es) mobile para suportar isso?
Aqui estão os gatilhos de mudança: o que sustenta a criação, manutenção, evolução ou até retirada de algo que está sendo feito hoje?
3️⃣ BELIEF (crença)
por exemplo: "precisamos inverter nossas prioridades, nosso foco agora será o desenvolvimento da melhor experiência mobile", sempre pensando em uma estratégia de longo prazo.
Essa etapa traz a definição estratégia: qual será a base para direcionar todas as áreas do negócio? qual o macro objetivo para manter visível à todas as pessoas do time?
4️⃣ BET (aposta)
por exemplo: "reestruture o time de desenvolvimento mobile, traga pessoas do time desktop para o mobile e construa uma infraestrutura para otimizar o treinamento dessas pessoas", apresentando principalmente o que precisa ser feito no curto prazo.
Aqui temos um plano de ação, uma vez entendido, o que vamos fazer a partir de amanhã?
Eu sou um defensor do uso de OKR nas startups, mas se um startup tem dificuldades para definir e manter objetivos baseados em resultados chave e mensuráveis, a proposta do DIBB pode entregar uma rotina mais "leve"... contudo, diminuir a ênfase nos objetivos bem estruturados pelas apostas não significa deixar de lado ter uma visão clara sobre "para onde estamos olhando".
Minha sugestão é se manter fazendo perguntas sobre o contexto e sempre tomar decisões com embasamento estratégico sobre dados [reais] coletados.
💻 mais sobre metodologias úteis para as startups
apresentação do Henrik Kniberg sobre o "ritmo spotify";
por que usar OKR e quais os benefícios esperados.
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⬇️ e... caso ainda não tenha visto, essas foram as últimas edições da news:
Edição #73 | 1ª lista de referências
Edição #72 | sobre produtividade
Edição #71 | o exponencial off-line
🥵 precisamos falar sobre burnout
A LEDERANÇA DOS MILLENNIALS
Por que a geração millennial enfrente estresse o burnout em cargos de chefia?
A geração millennial (ou geração Y) é a das pessoas que nasceram de 1980 até 2000, geração que pegou o surgimento da internet e o aumento exponencial no acesso à informações diversas e as muitas novas possibilidades profissionais... há que diga que essa é uma geração perdida, ou a geração das pessoas que não conseguem criar e manter grandes projeções profissionais, mas quais as características mais comuns entre as pessoas dessa geração?
valorizam o reconhecimento profissional, o que reflete na busca [quase] contínua pelo desenvolvimento dos conhecimentos formais ou informais;
são flexíveis, curiosos e proativos, isso pela alta capacidade de adaptação às mudanças externas e ao ambientes de trabalho, desde que possam ter voz;
buscam novas experiências pessoais e transformações sociais, isso é visto pela vontade da mobilidade e liberdade para estar em qualquer lugar, sem largar as responsabilidades;
interagem muito bem com tecnologia, essa é uma das principais características dos millennials, talvez pelo volume de aprendizados adquiridos depois da internet;
dão atenção as novidades e mudanças, o que torna essa geração mais "volátil" e menos preza à segurança dos empregos, mas buscam os empregos que tenham bons deafios;
são profissionais, empáticos e próximos ao cliente, por geralmente terem boa capacidade de comunicação e facilidade para criar e manter um bom relacionamento com as pessoas;
são imediatistas e tem dificuldade de manter foco, isso pode ser resultado da formação em um ambiente que cada vez mais as respostas são imediatas.
Por que essa geração sofre mais com burnout, quando assumem papéis de liderança?
É fato que há um aumento na pressão enfrentada por pessoas que ocupam cargos de liderança, a busca por mais e melhores resultados em uma cenário cada vez mais competitivo torna os papéis de liderança uma corrida sem fim por fazer algo melhor do que está sendo feito hoje.
Mas, quando juntamos isso com o pouco tempo de experiência em cargos de liderança, a dificuldade de seguir processos de gestão burocráticos e lentos, a vontade de se sentirem desafiadas(os) e a de ter respostas [quase sempre] imediatas torna a rotina de liderança nessa geração algo ainda mais complexo.
Essa combinação tem aumentado sistematicamente os casos de pessoas dessa geração com sintomas de burnout que, olhando mais de perto, não tem origem apenas do ambiente profissional. Ele pode ser apenas o gatilho para despertar o reflexo de um comportamento moldado pela velocidade, pela instabilidade e pela "visão de 15seg" onde tudo precisa de uma resposta rápida.
Eu ja tive sintomas de burnout e, até hoje, sei quando os gatilhos para recaídas são acionados... estamos sempre expostas(os) aos picos de estresse e tensão mental, por isso que uma das coisas que me ajudam sempre que percebo essa "instabilidade" é ter um "lugar para voltar", um lugar que não precisa ser físico ou em alguma região que você precise de 23 horas de voo.
Ter um lugar seguro para simplesmente parar e se desligar por um instante, lembrando que nem tudo será resolvido agora e que isso não é um problema, apenas parte do processo. Hoje eu mantenho algumas "rotas de fuga" por perto... seja um café, um livro, um lugar pra andar ou até uma cadeira|sofá que possa sentar para deixar "a poeira baixar".
Saber lidar com a pressão de liderar é um dos passo mais importantes da nossa maturidade, não só profissional, mas como pessoas.
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