🏆 você se acha boa|bom no que faz?
quais as suas definições de boas|bons empreendedoras(es)? nessa definição quais as características e comportamento considerados? você percebe que nossas referências tem traços de similaridades com o que somos... ou queremos ser?
edições anteriores
DO QUE TENHO FALADO
para quem ainda não viu as últimas edições:
edição 83 | onde falei como empreendedor?
edição 82 | empreenda com responsabilidade
🩸 precisamos falar sobre responsabilidade
VOCÊ CONHECEU A THERANOS?
essa semana chegou ao fim o julgamento da Elizabeth Holmes, fundadora e CEO da startup californiana Theranos, ela foi condenada por fraude e pelo impacto dessa fraude na vida de milhares de pessoas.
precisamos falar sobre a Elizabeth Holmes, não para acentuar sua culpa e condenação, mas para entender melhor sobre a responsabilidade de lançar startups no mercado e saber que cada entrega de valor implica consequências que precisam ser tratadas com profissionalismo e, acima de tudo, sem tirar as(os) clientes do foco das nossas ações.
se você nunca ouviu falar da Theranos antes das notícias sobre a condenação da E. Holmes, vamos a um apanhado da história dessa startup que, durante ano, foi tida como uma da grandes revoluções no Vale do Silício o que colocou a sua fundadora como a próxima Steve Jobs...
em 2003, com 19 anos, Elizabeth funda a Theranos que apresentava uma das idéias mais incríveis vistas no Vale do Silício, máquinas portáteis (a Edison) que com uma gota se sangue (sem exagero) realizava centenas de testes ao mesmo tempo.
como toda startup, os primeiros anos foram em busca do Product Market Fit, nesse caso um cruzamento da capacidade científica com um rápido desenvolvimento tecnológico para mostrar que esse produto poderia impulsionar a pesquisa laboratorial no mundo.
nos anos de 2005, 2006 e 2007 a startup fez três captações de early VCs para executar esse desenvolvimento cruzado até que em 2010 a empresa alcançar o valor de US$1,1Bi 🦄 e começa a aparecer substancialmente no mercado... em 2014 a empresa já estava avaliada em +US$9Bi, pouco tempo antes da empresa ser o produto aprovado pelo FDA (a Anvisa norte-americana).
como um meteoro Elizabeth ganha destaque, relevância e poder ao ser colocada como a próxima "Steve Jobs”... é aqui que a responsabilidade com o mercado é posta em segundo plano para que o status de sucesso ocupasse papel de prioridade, a ideia de “mudar o mundo” sobrepôs a máxima de construir um negócio centrado na(o) cliente.
com mais de 80% de erros nos diagnósticos (informação que era escondida e deliberadamente manipulada pela fundadora), milhares de pessoas sofreram as consequências e, estima-se, que centenas perderam a vida por uma má condução médica pelos dados gerados pela Edison.
por que precisamos pegar a história da Theranos para (re)pensar a responsabilidade empreendedora?
1️⃣ ter o negócio centrado na(o) cliente é mais que uma adoção filosófica, quando as(os) clientes estão no centro das decisões estratégicas é preciso considerar desde seus comportamentos de consumo e até o impacto do produto no contexto problemático.
2️⃣ ser responsável é criar e manter uma rotina de captura e análise continua de dados, tratando-os com transparência para que sejam a base do desenvolvimento do negócio em busca do alinhamento com as demandas de mercado;
3️⃣ toda startup comete erros, uma vez inseridas em cenário complexos, admitir e aprender com os erros é uma das formas mais importantes de amadurecer como empreendedor(a), mesmo que os erros ainda possam refletir fraqueza, incompetência ou qualquer "classificação” que quebre a imagem de empreendedor(a) bem-sucedida(o).
são muitas as fontes de informação sobre a história da Theranos, mas vou deixar aqui algumas que achei mias interessantes:
📚 o livro "Bad Blood” conta muito bem a história da Theranos e da sua fundadora;
🎧 12 minutos tem um áudio resumo e um post no blog sobre esse livro;
📜 achei o texto da decisão judicial norte-americana contra Elizabeth Holmes;
🖥️ a bloomberg fez um ótimo apanhado histórico da Theranos.
oi! se você chegou por aqui agora e não conhece essa news, deixa me apresentar. eu sou o luiz gomes, estou em Recife dirigindo uma aceleradora de startups, a Overdrives, mas lancei minha última startup em 2013.
aqui eu compartilho muito do que aprendi [e aprendo] na minha jornada e mais um monte de coisas que pesquiso sobre a criação e o desenvolvimento de startups, solto uma nova edição sempre nas segundas, quartas e sextas... se você ainda não assinou, te convido para assinar e não perder as próximas edições 🤗
🏆 o que podemos esperar da liderança em 2022?
O QUE APRENDI
depois de olhar para o case da E. Holmes e (re)pensar nossa responsabilidade empreendedora, nada mais justo que seguir nessa linha e falar do que devemos esperar para o papel de liderança em 2022...
quais comportamentos esperados para exercer o papel de liderança em equipes [fundamentalmente] híbridas em 2022? depois de dois anos e grandes mudanças no que entendemos como ambiente e relação de [e com o] trabalho, o papel de liderança precisa ser (re)visto e (re)posicionado nos times, por isso trouxe alguns comportamentos esperados para líderes que enfrentarão o modelo híbrido como base operacional dos times.
1️⃣ crie uma conexão entre as pessoas pelo propósito do negócio
falar sobre propósito é algo que vem nos acompanhando nos últimos 10 anos, porém a visão e entendimento de propósito em 2022 precisa conectar os objetivos estratégicos do negócio com a participação ativas das pessoas, considerando as particularidades individuais de trabalho.
o propósito das startups surge de uma combinação única entre a forma que a empresa trata o mercado e o time, mais que gerar e entregar valor para gerar resultados relevantes e crescimento, o papel de liderança, então, será o de criar e manter essa combinação.
2️⃣ foque nas experiências... das(os) colaboradoras(es)
sim, seu time também precisa viver o negócio através de uma experiência positiva que vai [muito] além de escritórios coloridos (podemos pensar nisso inclusive em cenário 100% remotos). então, o que precisamos entender sobre experiência positiva?
vamos inverter a lógica, quando pensamos na experiência das(os) clientes consideramos uma jornada que começa no primeiro contato com o produto (ainda como uma proposta de valor) até o pós venda com a retenção, fidelização e recomendação para outras pessoas ou empresas.
da mesma forma precisamos pensar nessa jornada aplicada ao nosso time, desde o primeiro contato com a empresa, na descoberta de oportunidades de trabalho e como o ambiente se conectar com essas pessoas, até as estratégias para mantê-las ativas e em constante evolução.
3️⃣ trabalhe em um plano [efetivo e honesto] de carreira
toda(o) profissional quer se desenvolver, quer ocupar cargos maduros, quer ter melhores salários que permitam realizar planos e desejos pessoais. sabemos que no início de um empreendimento as condições financeiras não permite competir diretamente com o que é oferecido por grandes empresas, então como projetar a carreira do time?
as pessoas querem ser reconhecidas pelo impacto que causam no negócio, reconhecimento que vai além do salário, as pessoas querem ser percebidas como ativos, portanto quando você pensar em plano de carreira coloque questões que gerem novos conhecimentos e amadurecimento das capacidades.
duas formas que vão promover reconhecimento e evolução profissional custam [bem] menos do que qualquer líder pode imaginar, reconheça com momentos coletivos para compartilhamento de feedback positivo, mostrando como as pessoas estão levando o negócio para perto dos seus objetivos estratégicos e promova o desenvolvimento profissional relacionando novos aprendizados com o alcance [justo] de resultados, dessa forma o custo decorre de um resultado de crescimento, portanto, uma oportunidade.
conheça as pessoas que estão no seu time, escute suas demandas, integre seus contextos ao negócio e entenda que o remoto não é só liberdade para trabalhar fora de um mesmo escritório, é uma curva de aprendizado que combina rotinas profissionais, pessoais e situacionais.
espero que você esteja gostando, nas sextas além do conteúdo apresento uma startup e comento sobre o que fazem, mas antes de falar sobre a de hoje te peço para compartilhar essa edição nas suas redes para que possamos falar para mais pessoas 🤜 🤛
💵 facilite as transferências internacionais
CONHEÇA A HUSKY
nos últimos anos há um aumento considerável de colaboradora(es) e prestadoras(es) de serviço que estão no Brasil e suas|seus empregadoras(es) ou contratantes em outro países... mesmo antes da pandemia esse número de profissionais vinha crescendo consistentemente, porém as transferências financeiras sempre foram abacaxis 🍍 difíceis de descascar... até agora!
🎁 modelo de negócio
baseado no custo por volume transacionado, a fintech paulista husky operacionaliza transferências internacionais com taxas [bem] menores que as praticadas por instituições bancárias tradicionais.
com uma taxa de apenas 1% sobre o valor transacionado (mais o IOF, que pode ser 0,38% ou 1,1%) as(os) usuárias(os) podem retirar seus pagamentos em real através de qualquer instituição bancária... o papel da startup é o de nacionalizar o seu dinheiro evitando cobranças extravagantes que [infelizmente] já estamos acostumadas(os)... para você entender, os bancos cobram em média 8% do valor transferido além de tarifas fixas.
para quem está contratando a relação de pagamento acontece da mesma forma que com bancos tradicionais, basta você enviar os dados da conta na husky que as empresas poderão pagar seus talentos sem burocracias adicionais.
o recebimento do valor acontece com um dia útil seguindo a cotação do dia, exposta em tempo real na plataforma da startup.
🫂 time fundador
a startup, de 2016, é fundada por Tiago Santos (CEO) e Maurício Carvalho (CTO) que desde o início prezaram por entregar uma experiência simplificada para quem está demandando o recebimento financeiro e vinha sofrendo nas mãos de bancos e corretoras.
📊 resultados relevantes
entre os resultados relevantes conquistas nesses 6 anos estão o de já terem transacionado mais de US$50 milhões, com mais de 3.200 empresas|pessoas pagas e mais de 250 contratantes. a solução atua em uma operação autorizada pelo Banco Central do Brasil e já conta com um time de 45 pessoas.
🔎 análise geral
venho analisando muitas das novas oportunidades que surgiram no mercado financeiro que, de um dos mercados mais regulados, burocráticos e dominado por um punhado de poucas empresas, se tornou um terreno fértil e criativo para produtos digitais.
produtos com o da husky refletem dois aspectos econômicos intensificados nos últimos anos, primeiro o da globalização profissional que tem permitido cada vez mais pessoas atuarem em empresas estrangeiras sem demanda direta de mudança, o que cria um volume imenso de oportunidades de trabalho e segundo o de ter maior liberdade e controle financeiro sobre os processos de nacionalização de renda.
🤝 conecte-se com essa startup:
algumas matérias sobre a startup:
no draft;