kamelo #203 | startups to watch da PEGN
Tendências do Ecossistema de Startups 2023: B2B, Fintechs no Brasil, Foco Ambiental, Inovações em Saúde, Desafios na Educação e o Futuro da IA
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está no ar a lista com 100 startups para ficar de olho financiada pela revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios. para a edição compilei algumas análises a partir da lista de startups listadas, considerando o que faz e o que não faz sentido para o momento de ecossistema que estamos vivendo.
antes de começar
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o que podemos inferir dessa lista?
é difícil ter uma boa amostragem do que está acontecendo no ecossistema de startups a partir de uma lista com apenas 100 empresas, contudo essa lista da PEGN pode nos fazer refletir sobre algumas coisas importantes.
acompanhar diariamente o ecossistema de startups nos dá um bom entendimento sobre quais oportunidades e tendência fazem sentido na hora de identificar negócios que podem se tornar grandes referências de mercado. desde já preciso dizer que essa lista da PEGN tem um processo de construção que não me agrada, mas vamos lá…
(1) o B2B segue como modelo mais atrativo
por mais que as estratégias e o tempo de conversão de novas(os) clientes no modelo B2B seja mais complexo, esse é o modelo com os melhores argumentos tanto para motivar o time fundador quanto para atrair atenção de potenciais investidoras(es). uma das principais vantagens dos modelos B2B (em geral) é a capacidade de ter controle sobre a estrutura de custo necessário para conquistar novas(os) clientes.
esse contexto é potencializado pela abertura cada vez maior de mercados historicamente tradicionais, especialmente pelas estratégias de open innovation que atraem startups às demandas empresariais e|ou industriais.
(2) o Brasil é um dos mercados mais desenvolvidos para as fintechs
o surgimento e o desenvolvimento de diversos modelos de startups fintech segue fluindo bem pela diversidade de serviços financeiros que podem ser abraçados por novos produtos digitais.
o histórico de burocracias desse mercado tem caído por terra com novas estruturas formais que atraem muitas(os) empreendedoras interessadas(os) em resolver questões legadas no mercado financeiro.
o mercado financeiro do Brasil é uma referência global, criando novas oportunidades que impactam não só as startups nativamente fintechs mais a abertura de serviços financeiros conectados a produtos de outros mercados.
(3) o meio ambiente está cada vez mais no foco das oportunidades
por mais complexo que seja desenvolver soluções efetivas com impacto relevante nas mais diversas demandas (emergenciais) de meio ambiente, esse é um mercado que oferece cada vez mais apoio ao desenvolvimento de ideias inovadoras.
esse tipo de apoio tem sido financiado por diversas fontes públicas e privadas, o que permite as startups executarem uma jornada de validação e entrada no mercado com maior assertividade.
as soluções voltadas às demandas de meio ambiente tem conectado mais profissionais com conhecimento técnico capaz de garantir o impacto dos produtos desenvolvidos.
(4) o mercado de saúde está ainda mais atrativo
desde 2020 que o mercado de saúde tem acelerado as oportunidades para novos produtos, além de impulsionar o cenário de criação de propostas diversas de negócio, muito pelos resultados obtidos no período mais crítico da pandemia.
o mercado de saúde também tem sido um dos mais interessantes para o desenvolvimento de soluções deeptech trazendo as pesquisas científicas para perto do ecossistema de startups.
(5) mesmo com muitas travas formais, o mercado de educação segue atraindo startups
diferente do mercado financeiro, o mercado educacional segue estagnado na evolução das estruturas digitais que tem criado uma linha paralela de produtos que encontraram um espaço no mercado além das formalidades, entregando novas experiências de aprendizagem.
a falta de uma evolução nas estruturas tem aberto espaço para produtos educacionais sem nenhuma garantia de qualidade tanto nos conteúdos entregues quanto nas estratégias pedagógicas.
essa lista tem alguns reflexos que correspondem ao momento do nosso ecossistema, mas há questões que precisam de uma análise mais próxima. a divergência é reflexo do método de construção da lista, por isso trago aqui alguns desses pontos.
⚠️ tem apenas uma startup RHTech na lista
por mais que o setor de RH esteja cada vez mais aberto às novas tecnologias e os cases relevantes surgindo e ganhando destaque no mercado, ver uma startup RHTech na lista não corresponde ao momento do ecossistema.
o mercado de startups desenvolvendo produtos para o setor de RH é uma das tendências mais fortes.
⚠️ o mercado público tem criado facilidades para startups
com apenas duas startups Govtechs na lista, não vemos um reflexo real do momento e das oportunidades às startups geradas a partir do mercado público. isso se justifica pela crescente nos programas e processos governamentais focados na identificação e atração de produtos digitais capazes de impactar as demandas dos muitos setores públicos.
⚠️ não estamos nem perto do real impacto das soluções baseadas em IA
a adoção de IA nos produtos ainda não aponta para uma tendência com objetivo bem definido, estamos dando os primeiros passos em direção a maior evolução do contexto das startups.
ter uma IA para qualquer coisa pode chamar atenção tanto do mercado quanto de perfis investidores, mas essa inserção de novas tecnologias só farão real sentido quando houver impacto efetivo na entrega de valor dos produtos.
fato que as soluções baseadas em IA tomarão conta de muitos mercado, mas ainda não estamos nem perto disso.
📝 quais startups se destacaram pra mim?
olhando a lista, 5 startups me chamaram mais atenção:
a tbit tem uma proposta impressionante para o mercado agro, atraindo para si uma complexidade de produto que chama atenção. ter cases de startups nacionais com desenvolvimento de sotfware e hardware é algo que precisa ser acompanhado de perto.
entre as soluções fintech, a dinie mostrou uma proposta que representa bem o momento do mercado financeiro, entregando uma plataforma de geração para clientes B2B.
a nina reflete a abertura do mercado público na incorporação de novos produtos digitais capazes de impactar problemas de larga escala, como a segurança pública.
a decarb é o tipo de solução focada na geração de créditos de carbono, com alinhamento direto às estratégias de ESG com boa abertura de mercado, especialmente no setor industrial.
com uma plataforma focada no impulsionamento de vendas, a standout tem mostrado como o mercado de marketing ainda tem muita oportunidade para novos negócios.
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