planejamento para startup em 2025
como planejar o posicionamento de mercado da sua startup em 2025
chegamos à penúltima edição da kamelo em 2024, esse foi um ano importante para aprender mais sobre como posicionar a newsletter, o podcast e os novos projetos de conteúdo que estão por vir.
nessa edição compartilharei uma abordagem estratégica para que você aplique no planejamento da sua startup em 2025, um compilado de práticas que aprendi ao longo do tempo e que podem a visão de futuro mais assertiva.
a kamelo é um projeto de criação de conteúdo independente, ou como dizem por ai, um “one man business”. esse é o espaço na internet que consigo organizar toda minha base de conteúdo sobre o desenvolvimento de startups a partir de quatro pilares:
1️⃣ captação de investimento
2️⃣ entrada no mercado
3️⃣ posicionamento estratégico
4️⃣ gestão da jornada
essas abordagens cobrem os principais problemas identificados ao longo do tempo, mitigando o risco de insucesso por decisões equivocadas. se você está chegando aqui agora, fique à vontade para se tornar assinante e garantir que todas as edições cheguem também pelo seu email.
existem planejamento anual para startups?
em um cenário de mercado cada vez mais dinâmico, é possível construi um planejamento efetivo para negócios digitais desenvolvidos sobre pilares de incerteza?
eu sou absolutamente contrário a abordagem de alguns processos de incubação que exigem das startups uma projeção de 5 e 10 anos, esse é um desserviço para quem está lidando com o desenvolvimento de negócios ainda sem solidez e um legado construído no mercado.
com o passar do tempo fica fácil perceber que as startups só adquirem uma primeira visão de futuro (minimamente) assertiva depois que validam um primeiro modelo de negócio e entendem quais os argumentos para alcançar o product-market fit.
contudo, ao mesmo tempo que estabelecer uma visão de futuro sem bons fundamentos é inútil, entender quais os aspectos do negócio podem contribuir com o desenvolvimento e a integração de valor com o mercado torna-se parte de uma estratégia para enxergar uma forma de tornar o negócio financeiramente sustentável.
ou seja, se o planejamento não promover uma maior clareza sobre os aspectos de sustentabilidade ele será um trabalho perdido.
então, é possível planejar um ano do desenvolvimento das startups e esse planejamento ser factível? essa pergunta não tem uma resposta que sirva para todo os cenários, afinal todo bom planejamento precisa de uma boa execução e uma boa rotina de trabalho que garanta dar sentido ao esforço empregado.
hoje eu recomendo sempre umas dessas duas formas para que as startups construam um planejamento anual, ambos têm pontos em comum, se diferenciando pela capacidade de definir (bem) um objetivo capaz de direcionar o negócio durante o ano.
1️⃣ você tem clareza sobre qual o principal objetivo a ser perseguido ao longo do ano? essa pergunta só terá resposta de qualidade para os times fundadores que apresentam alguma maturidade de gestão e acompanham a evolução do negócio como um sequência de marcos que consolidam o posicionamento do negócio no mercado.
esse objetivo do ano precisa ter o desenvolvimento do negócio como ponto central, de modo que as decisões sobre todas as áreas chave estarão, de alguma forma, conectadas com esse objetivo maior.
por outro lado, se a startup não tem capacidade de utilizar os dados gerados e organizar os aprendizados obtidos para definir um objetivo que faça sentido, seja desafiador e alinhado à visão de longo prazo, será um desperdício de tempo.
é comum que muitos desses grandes objetivos sejam definidos por uma métrica de crescimento financeiro, de abertura de novos mercados ou até de posicionamento frente aos perfis concorrentes.
o objetivo anual se dará pela consequência do que está sendo desenvolvido e, principalmente das percepções de evolução adquiridas ao longo do tempo gasto interagindo com o público alvo. uma vez que esse objetivo é definido, todas as áreas funcionais terão suas estratégias voltadas a essa conquista, por isso que estamos falando objetivos de negócio com alguma métrica referente ao crescimento real.
se nem toda tem capacidade de definir um objetivo diretor para o ano, esse é o ponto que vai diferenciar as estratégias por trás do planejamento anual. a partir daqui as estratégias convergem para um caminho similar.
2️⃣ talvez o melhor ciclo temporal para estabelecer um planejamento sobre os objetivos estratégicos das startups sejam os trimestres. por isso que eles serão a base do planejamento, uma forma de manter a visão de jornada por uma sequência bem definida de conquistas.
é possível definir objetivos estratégicos e mensuráveis por trimestres até mesmo em startups que estão dando seus primeiros passos, o que muda é a rotina para lidar com as entregas e validações intermediárias (ainda vamos falar disso aqui).
como um defensor da adoção de OKR como prática de gestão de jornada nas startups, entendo que essa prática encaixe bem nos ciclos trimestrais, período que a startup consegue mapear suas áreas funcionais e definir, para cada, um objetivo estratégico e mensurável pelos resultados chave.
por exemplo, vamos pensar em uma sequência de objetivos trimestrais para a área comercial de uma startup que acaba de lança seu SaaS B2B no mercado:
“um produto recém lançado precisa ter como primeiro objetivo validar um modelo de negócio que justifique a interação da startup com o mercado, portanto: para o 1º trimestre o objetivo comercial será validar a proposta SaaS que maximize a atração e conversão do ICP, a métrica de sucesso se dará pela conversão dos primeiros 10 clientes em um fluxo de negociação que não passe de 4 semanas.”
considerando esses aspectos, é até fácil que a startup consiga definir esse primeiro objetivo comercial e, a partir dele, definir os objetivos comerciais para os trimestres seguintes. há duas premissas para definir bons objetivos nos trimestres seguintes:
“(1) considere que o objetivo do primeiro trimestre será alcançado, com isso você terá uma visão que projete evolução e (2) considere também qual a base de aprendizado necessária para garantir que esse próximo passo segue fazendo sentido ao contexto do negócio.”
sua visão trimestral se mostrará efetiva quando você entender que: (1) todas as áreas funcionais precisam se um plano trimestral que converse entre si, e (2) que ao final desse período você terá capacidade de revisão os resultados e ajustar o que foi definido para o ciclo seguinte, mitigando assim, boa parte dos erros comuns.
com um bom planejamento trimestral sua startup terá boas chances de construir uma visão de desenvolvimento anual, mesmo que alguns ajustes sejam necessários so longo do tempo.
estamos nos aproximando do natal, época boa para você me dar um presente incrível, algo que só você pode me dar! o melhor de tudo, não custa 1 real! o presente é seu compartilhamento, ao enviar essa edição para as pessoas conseguirei levar essa proposta de planejamento para quem se vê perdido no meio tanta coisa que precisa ser feita (quase) ao mesmo tempo.
lembre-se: todo plano precisa ser (bem) executado
a visão trimestral é a “batida salve-todos” na hora de construir um planejamento factível, mesmo antes de ter resultados comerciais efetivos.
provavelmente você já se deparou com um planejamento feito nos detalhes que foi frustrado pelo “simples” fato de não fazer sentido na rotina de trabalho ou não se encaixar no momento de evolução do negócio, ou até por não tem alinhamento e engajamento do time fundador.
essa frustração pode se dá por diversos fatores (quem estava empreendendo em 2020 é prova viva que alguns impactos são impossíveis de planejar e se preparar para não sofrer as consequências), contudo há alguns aspectos que sempre influenciaram a construção de planos mal sucedidos:
📦 planejar coisas demais, não considerando a capacidade produtiva do time e a maturidade para alcançar alguns resultados;
📜 perder muito tempo com detalhes desnecessários, por mais que todo plano exija clareza no entendimento do time, detalhar demais consume tempo e limita a capacidade produtiva das pessoas;
⚗️ criar fórmulas e rotinas que não conversam com os comportamentos do mercado, suas dinâmicas e tendências. nesse caso você acaba limitando a forma que o negócio pode alcançar resultados relevantes.
mas vamos ao que interesse nessa parte da nossa conversa, como garantir que nossa execução será efetiva para alcançar os resultados descritos no plano?
tem mais um ponto que gostaria de trazer antes de falar sobre as estratégias de execução, esse ponto está relacionamento à gestão do conhecimento nas startups!
📚 você conseguiria me responder sem pensar muito quais os principais aprendizados da sua startup ao longo de 2024? se essa resposta não parece simples ou até natural, esse pode ser um bom momento para rever a forma que você compartilha e consolida o aprendizado obtido pela execução do negócio.
eu testei diversas rotina pensadas para otimizar o aprendizado sobre o desenvolvimento do negócio, mas foi algo bem “básico” que se mostrou mais efetivo: uma das premissas dos métodos ágeis é a adoção de retrospectivas no final de cada sprint, uma forma de reunir as pessoas que participaram desse processo para responder as seguintes perguntas:
o que foi bom nesse período?
o que foi ruim nesse mesmo período?
o que precisamos melhorar para o período seguinte?
são perguntas simples que fazem as pessoas compartilharem suas percepções não só sobre os resultados obtidos, mas sobre como se sentiram ao longo desse processo.
a parte boa de fazer isso em ciclos de sprints é que as retrospectivas acontecerão a cada uma ou duas semanas, mantendo uma alinhamento contínuo sobre a evolução… eu gosto de tratar as retrospectivas como uma forma de perseguir o que realmente importa.
vamos (finalmente) falar sobre a execução!
uma vez que temos objetivos definidos para ciclos trimestrais, podemos adotar dois ciclos intermediários que maximizem as chances de sucesso entre o planejado vs. o executado.
🗓️ tenha cronogramas mensais para definir as prioridades, os riscos e as oportunidades mapeadas… certo, mas por que fazer isso em ciclos mensais? com o passar do tempo percebi que minha agenda tem definições sólidas no máximo 4 semanas para frente.
além disso, cada mês tem características próprias, dezembro está aí para mostrar que nem todo mês temos os mesmos 30 dias. por isso gosto de consolidar esses três pontos: prioridades, riscos e oportunidades, mês a mês, com isso eu consegui reduzir quase que na totalidade meu tempo de retrabalho.
por exemplo, uma startup cuja solução tem o mercado varejista como alvo precisa entender que o varejo tem dinâmicas e comportamentos diferentes ao longo do ano, aspectos que vão definir os resultados projetados.
se você tem um cronograma mensal bem definido, chegamos o olho do furacão, na cozinha do negócio, onde o bicho pega! a execução diária que, por naturalidade gosto de organizar por sprints. se a startup já tem resultados no mercado, essas sprints podem ser quinzenais, mas se estão se preparando para entrar no mercado, recomendo sprints semanais.
as sprints têm um papel importante no desenvolvimento dos negócios, elas servem como micro ciclos PDCA (plan, do, check, act) que impulsionam a maturidade de gestão na startup.
a qualidade da execução está diretamente relacionada à qualidade das rotinas de trabalho definidas para o time, por isso que uma boa rotina precisa atender algumas questões básicas, como: (1) ter uma estratégia de comunicação síncrona e assíncrona bem definidas, (2) crie momentos para revisar e corrigir as decisões tomadas para o negócio, (3) respeite as agendas do time, evitando criar uma relação fraca.
há muitos desafios para que sua tenha um planejamento efetivo em 2025, estamos vivendo um momento de instabilidade no mercado que impacta todas as nossas decisões e pede forte capacidade de adaptação, ajustando a rota do negócio sempre que necessário.
por isso que essa minha proposta foi pensada para você use a estrutura como base do seu planejamento, permitindo que sua rotina tenha momentos dedicados à verificar a evolução do negócio a partir dos resultados obtidos, garantindo que os objetivos estratégicos serão alcançados.
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