por que as startups (ainda) falham tanto?
precisamos detalhar as principais causas de falha das startups para entender formas de mitigar esse risco.
Há mais de 10 anos os principais motivos de falha entre as startups se mantem os mesmos (ou praticamente os mesmos), por isso, sempre que posso tento trazer análises mais densas sobre como podemos mitigar o risco de tomarmos decisões erradas ao longo da jornada.
Nosso papo de hoje eu trouxe quatro dos principais motivos de falha, você perceberá que eles podem ser mitigados em conjunto, sempre baseado no conjunto de comportamentos empreendedores que fazem diferença na jornada do negócio.
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os motivemos que mais geram falha nas startups
🥇 execução sem controle de caixa
Recentemente tive uma conversa muito boa sobre a importância das startups entenderem que o equilíbrio financeiro, sim, essa é uma das prioridades na estratégia de negócio, qualquer inovação se tronará uma empresa perene quando a estrutura de negócio entender o que equilibra o potencial de receita e o custo base para manter tudo de pé.
Desenvolver uma startup sem buscar o controle de custo vai fechar muitas portas na relação de investimento, com perfis investidores cada vez mais interessados em identificar aspectos (financeiramente) sustentáveis no negócios inovadores com potencial de crescimento acelerado.
Podemos dividir o momento de qualquer startup em duas grandes fases:
antes da validação do modelo de negócio - fase onde o objetivo é a sobrevivência e todo acesso a recurso financeiros será empregado para alcançar entendimento sobre a permanência no mercado por entrega e percepção de valor;
depois da validação do modelo de negócio - com um modelo de negócio validado, as startups precisam crescer, competir e garantir que tudo isso está sendo feito sobre uma estrutura que se sustenta, por isso que o acesso a recurso financeiro externo (nessa etapa) é empregado principalmente para acelerar o crescimento e a sustentabilidade.
O grau de inovação não pode usado mais como argumento para que a startup deixe de lado a busca pelo equilíbrio financeiro, isso faz parte da capacidade de execução em um cenário com capital reduzido.
Os argumentos de inovação e o perfil de negócio baseado em risco não tira a prioridade que o mercado investidor dá às startups que aplicam os conceitos do lean como pilar de uma estrutra de custo controlada.
🥈 não há uma clara demanda de mercado
Boas ideias não se sustentam em mercado com pouca ou nenhuma demanda, startups não se sustentam quando as(os) fundadoras(es) insistem em ideias que não geram percepção de valor no mercado.
Essas são suas verdades difíceis de aceitar, ainda mais quando percebemos e a nossa ideia maravilhosa ou não faz sentido ou não gera interesse de ninguém, Por isso que vou reforçar o B-A-BA das startups:
A validação do problema (ou oportunidade) tem o objetivo de entender qual a real demanda do mercado, se isso apresenta algum interesse de compra e se o volume de receita projetada justifica a construção de um novo negócio com esse foco.
Se, ao longo da validação, você não sentiu confiança em algum desses pontos, MUDE! Quanto mais cedo você pivotar menor será o impacto no sucesso da jornada da startup.
A experiência do time fundador não é suficiente para definir o problema (ou oportunidade)? Não, uma opinião é pouco quando o assunto é entender se o que está sendo desenvolvido como produto tem capacidade de atrair clientes pagantes, interessadas(os) pela proposta de valor e dispostas(os) a pagar por isso.
Soluções desenvolvidas para atender demandas fracas (e insustentáveis) pode chamar muita atenção no curto prazo (como o caso da Periscope), mas terá pouco ou nenhum resultado no médio e longo prazos. Vale reforçar que uma solução ruim pode se sustentar em mercados com grande (e relevante) demanda.
🥉 não ter uma estratégia competitiva
Inovação sem um plano de crescimento e uma estratégia de sustentação pode ser resumido a boas conversas, mas não podemos considerar isso a base para um modelo de negócio. Negócios não são sustentados por inovação, eles são projetados por ela!
O que dá sustentação aos negócios é a capacidade de se posicionar no mercado, isso significa ter alinhamento de proposta de valor com potenciais cientes e ser entendido como solução viável por quem usa.
A competição no mercado é, então, uma disciplina base no desenvolvimento de startups, onde para ter uma jornada de longo prazo é preciso aprender a lidar as muitas propostas oferecidas ao seu ICP.
Seu papel será manter uma rotina de estudo sobre o cenário de concorrência que pode impactar o posicionamento de mercado da sua startup, por isso considere não só os perfis com modelos de concorrência direta, mas todas as formas de competição presentes no seu mercado.
Competir faz parte do jogo da sobrevivência e do crescimento racional, não deixe de ter isso como um dos pontos focais na projeção de longo prazo da sua startup.
4️⃣ modelo de negócio frágil
Por maior que seja o risco na execução de uma startup, espera-se do time fundador a capacidade de identificar (e validar) um modelo negócio que se integre aos comportamentos de consumo do mercado e resista às suas dinâmicas.
Todo modelo de negócio precisa se adaptar à evolução da própria startup e do que está sendo aprendido nas interações de mercado. Isso pede não só uma boa capacidade de adaptação, mas a clareza sobre a eficiência do modelo frente à forma que o mercado percebe valor dos produtos consumidos (e pagos).
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por que o volume de falha segue tão alto?
A lista da CBInsights com a análise das principais causas de morte entre as startups é uma das mais conhecidas e acompanhadas nos últimos 10 (ou até mais) anos! O que surpreende nela é que os anos vão passando, o conhecimento sobre desenvolvimento de startup evolui exponencialmente e os motivos de falha seguem quase os mesmos.
Essa constante se dá pela real dificuldade de entender que estamos caindo dessas “armadilhas”, nos deixando levar mais pelo que nos agrada que pelo que realmente importa. Nessa jornada não vamos (necessariamente) fazer o que gostamos, mas o que precisa ser feito.
Continuaremos a ver um grande volume de startups que morrem antes mesmo de entrar no mercado e muitas das que entram se tornando figuras “zumbis” que nem se desenvolvem, nem morrem. Isso faz parte do cenário, por isso que estamos constantemente provocando o perfil empreendedor, estimulando que ela(e) saia do conforto para analisar o que está (realmente) sendo feito.
Não ache esse o risco de cometer esses erros é exclusivo de startups no início da jornada! Enquanto tivermos times fundadores querendo fazer tudo “do seu jeito", veremos muitos negócios caindo nas mesmas situações equivocadas e tomando decisões semelhantes que aproximam o negócio do fracasso.
Obrigado por ter lido essa edição da kamelo, espero que o tema de hoje traga reflexões úteis para sua jornada e que você evite cometer erros já conhecidos. Conte comigo nesse processo, meu papel não é apenas entregar conteúdo, mas te apoiar sempre que possível.
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Nos encontramos nessa quinta, dia 27/02.
Se cuida,
Luiz.