Todo mundo sabe como é complicado seguir um tratamento médico no Brasil: remédios caros, abandonos frequentes e pouca assistência eficaz. Leopoldo Veras enxergou essa realidade e decidiu agir.
Fundou a Omni Saúde para resolver, com tecnologia e inovação, um problema sistêmico que afeta milhões de brasileiros. Essa edição mostra como a startup combinada com inteligência artificial e uma gestão estratégica, está transformando o acesso consciente a medicamentos.
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Leopoldo não caiu de paraquedas no setor de saúde. Sua carreira começou em operadoras de planos de saúde sem fins lucrativos, onde percebeu a importância de um sistema sustentável e eficiente. Passou por grandes empresas, liderou iniciativas pioneiras na assistência farmacêutica e acumulou experiências na indústria farmacêutica, dispositivos médicos e tecnologia aplicada à saúde.
Em resumo, Leopoldo aprendeu a identificar lacunas nos processos e agir rapidamente.
Ao lado de Fernando Domingues (empreendedor serial e fundador da Conexa Saúde), Leopoldo percebeu que o maior desafio do sistema de saúde brasileiro era justamente o uso racional e contínuo dos medicamentos. Mais da metade dos brasileiros abandona tratamentos, um problema grave com custos altos para toda a sociedade.
Foi então que nasceu a Omni Saúde, com uma abordagem inovadora. A startup desenvolveu uma solução inteligente que interpreta prescrições médicas com precisão e usa o Pix para viabilizar pagamentos de medicamentos em qualquer farmácia do Brasil. Tudo de maneira simples e intuitiva para o usuário, sem conflitos de interesse, já que a empresa não ganha com a venda dos medicamentos.
Em apenas dois anos, a Omni conquistou grandes investimentos: R$23 milhões captados com players estratégicos e investidores experientes como Enseada (family office dos fundadores da SulAmérica), GreenRock (com quem já co-investi que sei da maturidade no merca de saúde), Norte Ventures e agora com Wayra Brasil, o braço de venture capital da Vivo. Essa atração rápida e significativa de capital valida o potencial inovador e a capacidade de escala da empresa.
Financeiramente, a startup planeja multiplicar o faturamento por cinco já no próximo ano e alcançar o breakeven em tempo recorde para uma empresa jovem. Atualmente, já atende mais de 40 grandes clientes corporativos e tem como meta impactar positivamente a saúde de 70 mil pessoas até o fim deste ano.
Leopoldo acredita que o papel do fundador não se limita a números ou resultados imediatos. Para ele, a missão central é criar e sustentar uma cultura organizacional forte, baseada num propósito claro e que inspire todos da equipe. O líder deve estar sempre disponível, enfrentando desafios diretamente e garantindo que o impacto real da empresa alcance cada colaborador e cada usuário.
A Omni Saúde é mais do que uma startup inovadora. É um exemplo vivo de como liderança consciente, inovação tecnológica e clareza de propósito podem transformar o mercado de saúde brasileiro. E é justamente essa mistura poderosa que Leopoldo Veras leva diariamente para frente, criando oportunidades e gerando impactos reais.
Quer conhecer mais histórias de fundadoras(es) para ter mais e melhores referências de quem está à frente dos negócios, vivendo os altos e baixos da jornada? Acesse todos os episódio do Papo de Founder nesse link.
Nos falamos por aqui na segunda!
— Luiz
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